Há uma grande confusão sobre esse assunto, pois o fato de as
pesquisas mostrarem que a dieta rica em proteína pode ser prejudicial para
pessoas que já têm doença renal crônica, o mesmo não vale para quem não tem
doença renal. Ou seja, proteína não causa doença renal em pessoas saudáveis. Um
dos papéis principais dos rins é metabolizar e excretar subprodutos de
nitrogênio da digestão das proteínas, e muitos acreditam que comer mais
proteína vai sobrecarregar os rins. Há um limite máximo que o corpo tem
habilidade para metabolizar proteína (os estudos sugerem cerca de 35% do total
de calorias), pois o cérebro tem mecanismos que regulam esse desejo,
tornando-se difícil uma ingesta inadequada. Suportando isso, um grande número
de estudos comportamentais indica que tanto a quantidade como a qualidade da
proteína dietética podem influenciar significativamente a ingestão alimentar. Dietas
ricas em proteínas tendem a reduzir a ingestão, dietas pobres em proteínas
tendem a aumentar a ingestão para atender às necessidades proteicas, evitando
assim desequilíbrio em aminoácidos. Trabalhos recentes mostram que, por
exemplo, o aminoácido leucina regula a ingestão de alimentos alterando a
sinalização de mTOR e AMPK no hipotálamo, enquanto a ativação da proteína GCN2
no córtex piriforme anterior contribui para a correção de dietas
desequilibradas em aminoácidos.
WRJ
EDIÇÃO DE ANB ONLINE
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