Este é o sexto dia em que Israel abre esta rota ''segura”, depois de semanas de...
O Exército de Israel anunciou nesta quinta-feira(9) a reabertura de um corredor seguro para a evacuação de civis para o sul da Faixa de Gaza, entre 10h e 16h (horário local, 5h e 11h de Brasília), depois que mais de 50.000 pessoas deixaram o norte do enclave na véspera.
''Temos visto uma grande resposta às nossas exigências e apelos. Ontem, cerca de 50.000 residentes do norte da Faixa de Gaza dirigiram-se ao sul de Wadi Gaza. Portanto, hoje ampliamos o horário da estrada segura de Salah al Din”, disse o porta-voz em árabe do Exército israelense, Avichay Adraee, em mensagem publicada no X (antigo Twitter).
Este é o sexto dia em que Israel abre esta rota ''segura”, depois
de semanas de apelos para que a população da metade norte da Faixa se desloque
para o sul, área que, no entanto, também não ficou isenta de bombardeios.Mais de 10.500 habitantes de Gaza morreram desde o início da guerra, em 7 de outubro, e mais de 25.000 ficaram feridos.
''Não deem ouvidos ao que dizem alguns líderes do Hamas nos seus hotéis no exterior ou nos locais subterrâneos que prepararam para si mesmos e para suas famílias. Para sua segurança, aproveitem (a abertura de Salah al Din) para se deslocarem para sul, para além de Wadi Gaza”, acrescentou Adraee em uma mensagem em árabe dirigida aos habitantes de Gaza.
Segundo a ONU, nos últimos cinco dias mais de 72 mil habitantes
de Gaza se deslocaram, a maioria – mais de 50 mil – ainda ontem, dia em que se
assistiu ao maior êxodo de gazenses, a maioria a pé e carregando bandeiras
brancas.
O número de pessoas deslocadas internamente em Gaza ultrapassa 1,5 milhão (mais de dois terços de uma população de 2,3 milhões), dos quais 725 mil se refugiam em instalações da ONU, 122 mil em hospitais, igrejas e outros edifícios públicos, 131 mil em escolas não ligadas às Nações Unidas e o restante com suas famílias.
Embora Israel tenha ordenado a evacuação ao sul para os civis em
Gaza, por razões de segurança, suas tropas atacam por via aérea e terrestre
mesmo a parte meridional do enclave, onde as pessoas deslocadas vivem em
condições precárias devido à escassez de água potável. eletricidade e
combustível.
Mais de 10.500 habitantes de Gaza morreram desde o início da
guerra, em 7 de outubro, e mais de 25.000 ficaram feridos.
EFE
EDIÇÃO DE ANB
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