quinta-feira, 19 de outubro de 2023

Desde que o suposto ataque ao hospital foi noticiado na noite de terça-feira, Israel negou ter...

O Ministério da Saúde da Faixa de Gaza, controlado pelo grupo islâmico Hamas, afirmou nesta quarta-feira(18)  que 471 palestinos foram mortos pelo projétil que atingiu o Hospital Al Ahli, e insistiu que se tratou de um ataque israelense, apesar de o Estado judeu ter negado.

''O número de mortos do maior e mais violento massacre cometido pela criminosa ocupação israelense dentro do Hospital Batista chegou a 471 mortos e 28 feridos que continuam em estado crítico, além de 314 pessoas com ferimentos diversos”, declarou a pasta em comunicado.

Desde que o suposto ataque ao hospital foi noticiado na noite de terça-feira, Israel negou ter bombardeado o local, alegando que houve apenas uma explosão de menor envergadura no estacionamento adjacente causada por um foguete malsucedido do grupo palestino Jihad Islâmica, que não causou danos estruturais nem deixou centenas de mortos.

Para apoiar a sua afirmação, Israel divulgou fotografias que não mostram vestígios de uma grande cratera na zona – como normalmente acontece após um bombardeio – e vídeos que mostram foguetes supostamente disparados a partir do enclave palestino, antes da tragédia no hospital.

Entretanto, o Ministério da Saúde da Faixa de Gaza disse ter recebido cerca de 1.300 relatos de...

A versão israelense foi apoiada nesta quarta-feira pelo presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, durante uma breve visita a Israel, o que gerou a rejeição do Hamas, que afirmou que “confirma que o governo dos EUA é cegamente parcial a favor da ocupação e é um cúmplice direto”.

Daniel Hagari, porta-voz das forças armadas israelenses, admitiu que pode ter havido mortes porque ''poderia haver pessoas no estacionamento que se deslocaram para lá por considerarem que era um local seguro”, mas sublinhou que o Hamas, ao divulgar a notícia, ''inflacionou o número de vítimas”.

Esta polêmica tem como pano de fundo a guerra de Israel contra o Hamas, que eclodiu em 7 de outubro, após um ataque surpresa do grupo islâmico que incluiu o disparo de milhares de foguetes – mais de 6.000 até o momento – e a infiltração de milicianos por terra, que massacraram cerca de mil civis que viviam em povoados limítrofes da Faixa de Gaza e sequestraram entre 120 e 200. Por seu lado, Israel contra-atacou com bombardeios incessantes e breves incursões terrestres.

Em 12 dias de guerra, pelo menos 3.478 pessoas foram mortas e 12.000 ficaram feridas – a maioria mulheres e crianças – na Faixa de Gaza, enquanto do lado israelense mais de 1.400 pessoas foram mortas e 4.200 ficaram feridas.

Entretanto, o Ministério da Saúde da Faixa de Gaza disse ter recebido cerca de 1.300 relatos de pessoas desaparecidas sob os escombros do hospital, incluindo 600 crianças, e que o resgate está sendo dificultado pelos ''ataques contínuos e pelas fracas capacidades” dos socorristas, depois de Israel ter cessado o fornecimento de combustível, eletricidade e água.

 

EFE

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