sábado, 22 de abril de 2023

Em substituição será nomeada a arquiteta Lena Carolina Andrade Fernandes Ribeiro Brandão, filha do atual prefeito do município de Arame, Pedro Fernandes, e...

O ex-ministro da Cultura e escritor Joaquim Salles de Oliveira Itapary Filho renunciou, na quarta-feira (19), à sua cadeira na Academia Maranhense de Letras (AML). No seu pedido, Joaquim Itapary diz que ''por esse meio, judicialmente válido, considero-me resignatário da cadeira número 4, que ocupei a partir de 7 de agosto de 1987, na condição de membro do quadro de sócios titulares dessa instituição”. A informação foi publicada nas redes sociais pelo colega jornalista José Gomes, o Gojoba, no final da tarde dessa quarta-feira (19).

Em mensagem no grupo restrito de imortais da AML, Joaquim Itapary atribuiu a exoneração do seu filho Maurício Itapary do cargo de superintendente regional do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico (IPHAN) a uma exigência do ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, seu confrade na AML.

O ex-ministro da Cultura e escritor Joaquim Salles de Oliveira Itapary Filho renunciou, na quarta-feira (19), à sua cadeira na Academia Maranhense de Letras (AML).

O atual ministro foi eleito imortal da AML em outubro de 2021, quando ainda era governador do Maranhão, para ocupar a cadeira nº 32, outrora pertencente ao intelectual Sálvio Dino, seu pai, morto em 2020, por complicações da Covid-19.

Em substituição a Maurício Itapary, será nomeada a arquiteta Lena Carolina Andrade Fernandes Ribeiro Brandão, filha do atual prefeito do município de Arame, Pedro Fernandes, e irmã do deputado federal Pedro Lucas Fernandes e do secretário de Estado de Desenvolvimento Social, Paulo Casé.

Regimento impede renúncia

Em 1979, em sinal de protesto pela eleição do médico e ex-governador Pedro Neiva de Santana, para a cadeira número 39 da Academia Maranhense de Letras, o escritor, pesquisador, folclorista e ambientalista, José Nascimento Moraes Filho, renunciou à cadeira número 37 da Academia Maranhense de Letras.

Na sua renúncia, Nascimento Moraes entregou, na secretaria da AML, o diploma e a insígnia da instituição. O saudoso escritor Jomar Morais, à época, presidente da AML, devolveu o diploma e a insígnia a Nascimento Moraes com o argumento de que ''o regimento da Academia Maranhense de Letras não prevê renúncia, portanto, o senhor, Nascimento Moraes, continuará sendo considerado membro desse sodalício”.

Resta saber se o regimento mudou e o atual presidente da AML, Lourival Serejo, vai aceitar a renúncia de Joaquim Itapary.

 

DM

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