quinta-feira, 30 de março de 2023

A Associação Yanomami do Rio Cauaburis e Afluentes (Ayrca) emitiu, nesta quinta-feira, nota de repúdio, na qual se opõe à visita

A Associação Yanomami do Rio Cauaburis e Afluentes (Ayrca) emitiu, nesta quinta-feira (30), nota de repúdio, na qual se opõe à visita da comissão externa temporária do Senado Federal que acompanha a crise socioambiental na região e que pretende chegar à Terra Indígena (TI) Yanomami na segunda semana de abril.

O que preocupa a entidade é a presença de parlamentares da oposição, que costumam defender os interesses da mineração, setor que contribuiu para a instalação do colapso enfrentado no território.

Em nota, a associação diz que, para entrar na área, é preciso ter autorização do fórum de lideranças, que existe um protocolo a ser seguido e que o...

Em nota, a associação diz que, para entrar na área, é preciso ter autorização do fórum de lideranças, que existe um protocolo a ser seguido e que o Estado tem obrigação de cumprir suas obrigações com os indígenas .

No relatório, a Ayrca também aponta que desaprova as declarações do senador Plínio Valério (PSDB-AM), desqualificando o trabalho realizado por organizações não governamentais junto às comunidades Yanomami e ao Fundo Amazônia.

Vigilância

A comissão foi criada em 8 de janeiro deste ano, quando foi determinado que funcionará por 120 dias. Um dos objetivos é acompanhar o fluxo de garimpeiros que invadiram a TI com mais intensidade nos últimos anos e começaram a ser expulsos neste ano.

No relatório, a Ayrca também aponta que desaprova as declarações do senador Plínio Valério (PSDB-AM), desqualificando o trabalho realizado por organizações não governamentais junto às...

A comissão surgiu por iniciativa da bancada de Roraima no Senado, composta por Chico Rodrigues (PSB), Dr. Hiran (PP) e Mecias de Jesus (Republicanos). Posteriormente, foi aprovada a ampliação da comissão, com o acréscimo de mais cinco membros, como forma de atenuar o peso de influência da bancada favorável à atividade mineradora. Os senadores Eliziane Gama (PSB-MA), Humberto Costa (PT-PE), Marcos Pontes (PL-SP), Zenaide Maia (PSD-RN) e Leila Barros (PDT-DF) tornaram-se membros.

Na data de aprovação da criação da comissão, destacou-se que ela poderia conquistar três deputados federais de Roraima e dois senadores de outros estados cujos nomes ainda seriam conhecidos. O senador Chico Rodrigues foi definido como presidente da comissão, enquanto o senador Dr. Hiran (PP-RR) foi o relator.

O que preocupa a entidade é a presença de parlamentares da oposição, que costumam defender os interesses da mineração, setor que contribuiu para a...

Ontem e hoje, a comissão realizou reuniões, após três audiências públicas. O foco agora é entender ''a visão do Executivo federal sobre as causas e possíveis soluções a curto, médio e longo prazo para a crise humanitária”, segundo informações da Agência Senado.

Viagem

A Reportagem procurou o senador Chico Rodrigues para esclarecimentos. Por meio da assessoria de imprensa, o parlamentar informou que a comissão deve permanecer na TI de 11 a 13. A nota não cita o posicionamento das lideranças Yanomami, mas diz que “certamente todos os órgãos serão avisados” da viagem. O assessor de Rodrigues acrescentou que a comissão não definiu cronograma ou cronograma.

A comissão foi criada em 8 de janeiro deste ano, quando foi determinado que funcionará por 120 dias. Um dos objetivos é acompanhar o...

Buscou, também, a assessoria de Plínio Valério para se posicionar sobre as declarações. Na opinião do senador, “o drama do povo Yanomami e as graves denúncias de falta de assistência médica a esses indígenas confirmam a absoluta necessidade de investigação das ONGs que atuam na Amazônia”.

Em nota, ele afirma que as comunidades indígenas podem se tornar independentes por meio da comercialização e exploração da “riqueza da floresta”.

A comissão surgiu por iniciativa da bancada de Roraima no Senado, composta por Chico Rodrigues (PSB), Dr. Hiran (PP) e Mecias de Jesus (Republicanos).

''Diariamente, o senador recebe reivindicações de indígenas da Amazônia que não permitem mais a tutela e que querem liberdade para constituir cooperativas, por exemplo. o desenvolvimento dessas comunidades. Por esse e outros motivos, o senador Plínio é autor de um pedido para a criação da CPI das ONGs da Amazônia”, acrescenta na mensagem.

 

AB

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