São Paulo iniciava o seu processo de industrialização, com a economia ainda baseada no café. O Brasil se modernizava e alguns intelectuais e...
Os principais nomes do evento foram
os escritores Mário de Andrade, Menotti del Picchia e Oswald de
Andrade e os artistas Anita Malfatti e Di Cavalcanti. A ideia era provocar a Imprensa, fazer muito barulho, para apresentar ideias de vanguarda.
A ideia era provocar a Imprensa, fazer muito barulho, para apresentar ideias de vanguarda. |
A semana foi realizada pouco tempo depois do fim da Primeira Guerra Mundial e da pandemia de gripe espanhola e no ano em que o Brasil celebrava o centenário de sua independência.
Vaias e críticas foram a tônica de toda a semana. E foi isso que a tornou um sucesso, na visão dos artistas responsáveis pelo evento. |
''A ideia de arte moderna acaba
tendo relação com a ideia de cidade, com a criação de espaços urbanos. Esse
momento, de início de século, é um momento de urbanização, de transformação das
cidades, de modernização”, disse a curadora do IMS.
''São Paulo passa a se desenvolver com o comércio do café na segunda metade do século 19. E quem banca a semana, quem põe dinheiro para a semana existir, é uma elite cafeeira que ganha dinheiro no interior, nas fazendas, mas que não quer mais viver nas fazendas; que tem possibilidade de viajar para fora do país e quer viver em uma cidade que tem os benefícios da modernidade. É a riqueza do campo que paga essa ideia da arte moderna. Essa urbanização, esse desenvolvimento, é fomentada por essa riqueza que vinha, principalmente, das lavouras de café”, explicou.
Meses depois da reunião, o Theatro Municipal recebeu uma exposição de artes em seu saguão e três noites de sessões literárias e musicais. |
''Nessa ocasião, ele [Graça Aranha]
teve contato com esse pequeno grupo formado pelo Di Cavalcanti, Mário de
Andrade, Oswald de Andrade, Guilherme de Almeida e muitos outros. A
Anita Malfatti é convidada a participar desse encontro. Ela vai
acompanhada de uma moça, uma amiga, porque não ficava bem ela ir sozinha, já
que era solteira e mulher. Surge a ideia de se fazer um grande evento, reunindo
artes como pintura, poesia e música, além de comida", contou Luiz
Armando Bagolin, professor do Instituto de Estudos Brasileiros (IEB) da
Universidade de São Paulo (USP).
É de Graça Aranha a ideia de que o
grupo procure Paulo Prado, um grande exportador de café de São Paulo.
"Eles então se encontram com Paulo Prado, em sua casa no bairro de
Higienópolis, e ali surge a ideia da semana. Foi Paulo Prado quem sugeriu o
nome [do evento] e o financiou”, destacou o professor da USP.
Influenciados pelas vanguardas europeias, também propunham um novo olhar sobre a arte brasileira. |
Na programação, constava ainda a
leitura da poesia de Manuel Bandeira, chamada Os Sapos, uma crítica ao
parnasianismo - movimento literário que se preocupava com o fazer
poético: a arte pela arte. Pela obsessão com a precisão, os parnasianos
foram criticados pelos modernistas que pregavam a liberdade estética. A leitura
feita por Bandeira foi muito vaiada pelo público presente. Aliás, vaias e
críticas foram a tônica de toda a semana. E foi isso que a tornou um sucesso,
na visão dos artistas responsáveis pelo evento.
“A leitura que eles [os modernistas] fizeram, terminada a semana, foi que eles conseguiram provocar os araras. Quem são os araras? Os jornalistas. O Mário [de Andrade] diz assim: ‘os araras morderam a isca. Os araras foram provocados e aí tivemos êxito’. A semana, no momento em que aconteceu, foi um evento muito bem sucedido do ponto de vista da propaganda, por uma estratégia de propaganda”, descreveu Luiz Armando Bagolin.
''Ao contrário de todas as iniciativas individuais e coletivas que tinham acontecido antes, foi a primeira vez que isso atraiu a fúria dos araras. No tempo deles, a semana teve importância não tanto pelas obras que foram apresentadas - e muitas delas nem era modernas. Mas como essa estratégia de propaganda gerou uma reação em cadeia na imprensa”, acrescentou o professor do IEB e curador da exposição Era uma Vez o Moderno, em cartaz na Federação das Industrias do Estado de São Paulo (Fiesp).
AB
EDIÇÃO DE ANB
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