quarta-feira, 8 de setembro de 2021

Pouco depois, o líder,  cujas aparições públicas são raras, pediu ao novo governo afegão que respeite a...

Os talibãs anunciaram, nesta terça-feira (7), os principais ministros de seu governo, que será liderado por Mohammad Hasan Akhund, ligado ao mulá Omar, fundador do movimento, consolidando assim o poder do grupo, apesar das manifestações contra o regime, que registraram as primeiras mortes.

Apesar das palavras aparentemente tranquilizadoras dos novos donos do poder no Afeganistão, com a promessa de um governo mais inclusivo e tolerante, o grupo nomeou Abdul Ghani Baradar, cofundador do movimento, como número dois do regime.

Pouco depois, o líder supremo do Talibã, Hibatullah Akhundzada, cujas aparições públicas são raras, pediu ao novo governo afegão que respeite a sharia, a lei islâmica, em sua primeira mensagem desde que os islamitas tomaram o poder em 15 de agosto.

Em outras cidades do país também foram organizados protestos contra o regime, como em...
“Posso assegurar a todo nosso povo que os governantes se esforçarão em fazer respeitar as normas islâmicas e a sharia no país”, afirmou Akhundzada em um comunicado em inglês.

O mulá Yaqub, filho do mulá Omar, será ministro da Defensa e Sirajuddin Haqqani, líder da rede que leva seu sobrenome e número dois dos talibãs, será o titular da pasta do Interior.

“O governo não está completo”, destacou o principal porta-voz, Zabihullah Mujahid, durante uma entrevista coletiva. “Tentaremos incorporar pessoas de outras regiões do país”, acrescentou.

As nomeações foram anunciadas horas depois de um protesto em Cabul ter sido dispersado com tiros para o alto por combatentes talibãs.

Os manifestantes criticavam a violenta repressão do regime no vale de Panjshir, onde fica o último reduto de resistência contra o movimento islamista.

“Estas manifestações são ilegais até que os prédios do governo estejam abertos e leis tenham sido proclamadas”, declarou Mujahid, que pediu à imprensa para não cobrir tais eventos.

Em outras cidades do país também foram organizados protestos contra o regime, como em Mazar-i-Sharif (norte) ou em Herat (oeste), onde duas pessoas morreram e oito ficaram feridas nesta terça-feira à margem de uma manifestação, informou à AFP um médico que pediu anonimato.

Além da situação em Panjshir, os manifestantes de Cabul também queriam denunciar a interferência do Paquistão, muito próximo ao Talibã.

Quase 100 manifestantes, a maioria mulheres, se reuniram diante da embaixada do Paquistão e gritaram: “Não queremos um governo apoiado por Paquistão” e “Paquistão saia do Afeganistão”.

Zabihullah Mujahid negou qualquer vínculo de seu governo com o Paquistão. “Dizer que o Paquistão ajuda o Talibã é propaganda”, afirmou. “Não permitiremos que nenhum país interfira nos temas afegãos”.


AFP

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