quarta-feira, 9 de junho de 2021

Um ano após o começo da propagação do novo coronavírus no Brasil, os casos de infeção e as mortes por Covid-19 seguem crescendo no país, mas a ajuda aos mais pobres não para de...

Um ano após o começo da propagação do novo coronavírus no Brasil, os casos de infeção e as mortes por Covid-19 seguem crescendo no país, mas a ajuda aos mais pobres não para de cair. Em Paraisópolis, uma das maiores comunidades de São Paulo, a fome está atingindo com força milhares de famílias.

Na Rua da Paz, centenas de pessoas, a maioria mulheres com crianças e idosos, fazem fila desde a primeira hora da manhã, em busca de um prato de comida. Para a maioria, se trata da busca da única refeição do dia.

Na Rua da Paz, centenas de pessoas, a maioria mulheres com crianças e idosos, fazem fila desde a primeira hora da manhã, em busca de um... 
Juceni Rodrigues tem 8 filhos, além de "um que Deus levou", como relatou à Reportagem. Todos estão desempregados e dependem da comida que é distribuída a cada manhã pela Associação de Moradores de Paraisópolis, onde vivem mais de 120 mil pessoas.

"Preciso de ajuda, não recebo nada. A única ajuda que tenho é essa. Agora, não tenho nada em casa, os armários estão vazios", lamentou Juceni, de 61 anos, que tem 28 netos.

Os relatos sobre a falta de comida em casa são repetidos ao longo da fila.

Regiane Aparecida foi uma das primeiras a chegar no dia em que a equipe da Reportagem esteve no local. Ela e o marido estão desempregados e precisam manter as duas filhas com uma renda mensal de R$ 400.

Como outros 56 milhões de brasileiros, o casal deixou em dezembro de receber o auxílio emergencial pago pelo governo federal, para tentar reduzir o impacto da pandemia da Covid-19, que deixou quase 300 mil mortos no Brasil, segundo dados de consórcio de veículos de imprensa nacionais.

Ontem, o ministro da Cidadania, João Roma, afirmou que o novo auxílio emergencial será pago a partir dos dias 5 e 6 de abril, com três valores diferentes: de R$ 150 para beneficiários que moram só; R$ 250 para famílias e R$ 375 às mulheres que são chefes de família.


Efe

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