quarta-feira, 11 de dezembro de 2019
Terceira maior cidade do
Maranhão, a Balneária vivencia momento sutil de transição
Prefeito eleito daqui a nove meses tem a missão de contextualizar São José de Ribamar no tempo
Fomentar a atividade política com base em princípios éticos e de transparência em face de respostas consideradas insatisfatórias por parte dos
governos que passaram pela Balneária, que a pretexto de manterem ‘boa relação
com o Legislativo em prol do município’ criaram a viciosa/viciada dobradinha
Prefeitura/Câmara Municipal, já é uma das principais agendas dos ribamarenses
que pedem alternância no sistema vigente. O atual prefeito ameaça romper com essa
estrutura contraproducente em favor de uma nova governabilidade, anunciada como
necessidade urgente dos ribamarenses em reportagens da Agência Baluarte há
quatro anos.
Os ribamarenses sabem que a eleição de 2020 trará efeitos e consequências para os próximos 10 anos e a década ou será perdida ou louvada por aqueles que votarão daqui a nove meses em um dos sete pré-candidatos. O escrutínio promete abalar as estruturas sociais do município.
Diálogo necessário- Com ausência de interlocução na
esfera federal, São José de Ribamar viveu nas últimas décadas as resultantes desse
hiato. A gestão de Sampaio reconhece a dívida histórica e
corrobora com auxiliares que criará uma secretaria com a finalidade de buscar
recursos em BSB em 2021. A ideia não é nova, mas só agora ganha corpo a partir
de indagações feitas à administração municipal.
Fora do compasso histórico das cidades consideradas modernas, São José de Ribamar divide-se nos dias atuais entre duas...
Analistas da realidade ribamarense vaticinam ser São
José de Ribamar uma ‘cidadezinha ainda do interior’. A expressão, em tom jocoso,
é atribuída às cidades que ‘nada tem’ ou ‘nada oferecem’ aos seus munícipes. Na
pragmática organizacional, contudo, parece fazer sentido quando as quatro
regiões do município-Vilas, Sede, Limítrofes e Zona Rural- dependem até hoje da
capital do estado em muitas áreas,
especialmente Saúde e Geração de Emprego e Renda.
Essa inflexível constatação revela que, contrariando o marketing plantado, a verdadeira Balneária passou ao largo das muitas certezas propaladas. Dos muitos prêmios recebidos. A cidade estava ao lado, crescendo, despontando, irrompendo repleta de disparidades, problemas, discrepâncias e o pior: preocupados apenas com sua imagem e interesses, gestores e vereadores não perceberam; não acompanharam.
Nove meses- 'Mudança ou continuísmo?' O principal
questionamento dos mais de 230 mil ribamarenses na atualidade diz respeito a
uma nova chance ao grupo político que comanda São José de Ribamar ou à decisão em torno de um nome que represente alternância.
Os ribamarenses temem
que sob a desculpa de dá à cidade uma ‘gestão arrojada’, líderes ligados
ao ambiente da politicalha ascendam socialmente
usando esse pretexto, como aconteceu na
eleição de 2016, quando dois pré-candidatos a Prefeito usaram e abusaram desse
expediente.
Prefeito eleito daqui a nove meses tem a missão de contextualizar São José de Ribamar no tempo
POR FERNANDO ATALLAIA
EDITOR-CHEFE DA AGÊNCIA
BALUARTE
Se depender das novas tribos
ribamarenses, a discussão política em torno do desenvolvimento de São José de
Ribamar não cessará a partir de 2021, quando os cidadãos da terceira maior
cidade do Maranhão terão já eleito seu
novo gestor.
Desenvolvimento no sentido estrutural do termo: científico, social, cultural e econômico. A cidade ainda está aquém desse
momento, mas vive seu limiar a plenos pulmões. São as muitas vozes reivindicatórias que denunciam
poderes engessados no município pelas velhas práticas de favoritismo; acúmulo
de riqueza indevida; mandatos parlamentares a serviço da realização pessoal de
vereadores e a quase inexorável condição de conivência entre os poderes
Executivo e Legislativo que, há 15 anos, se autodefendem se reinventando a cada
eleição.
Os ribamarenses temem que sob a desculpa de dá à cidade uma ‘gestão arrojada’, líderes ligados ao ambiente da politicalha ascendam socialmente. |
Fora do compasso histórico das cidades consideradas
modernas, São José de Ribamar divide-se nos dias atuais entre duas forças híbridas
que lutam entre si para manter-se vivas. De um lado o escopo de
representatividade puído, velho, ultrapassado, representado por políticos da
velha guarda auto anunciados pré-candidatos
a Prefeito. Do outro, nomes da nova geração, surgidos sob a égide de um pensamento
novo, soberbo, participativo. Dois campos que se intercalam na cidade, deixando- a mais plural, sugerindo
dissenções ao modelo organizado.
Os ribamarenses sabem que a eleição de 2020 trará efeitos e consequências para os próximos 10 anos e a década ou será perdida ou louvada por aqueles que votarão daqui a nove meses em um dos sete pré-candidatos. O escrutínio promete abalar as estruturas sociais do município.
Fora do compasso histórico das cidades consideradas modernas, São José de Ribamar divide-se nos dias atuais entre duas...
Essa inflexível constatação revela que, contrariando o marketing plantado, a verdadeira Balneária passou ao largo das muitas certezas propaladas. Dos muitos prêmios recebidos. A cidade estava ao lado, crescendo, despontando, irrompendo repleta de disparidades, problemas, discrepâncias e o pior: preocupados apenas com sua imagem e interesses, gestores e vereadores não perceberam; não acompanharam.
A cidade estava ao lado, crescendo, despontando, irrompendo repleta de... |
Há também o receio de uma administração confusa,
atabalhoada, desastrada por parte dos
ribamarenses que ainda desconfia da competência de alguns postulantes, a quem
chamam de ‘marinheiros de primeira viagem’. Os oposicionistas, no entanto,
mostram confiança e repudiam o desdém. Para eles, São José de Ribamar só
entrará nos trilhos caso eleja, daqui a nove meses, um candidato que não o
atual prefeito.
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