terça-feira, 17 de dezembro de 2019
Vários nomes que pleiteiam vaga no Executivo e Legislativo
local saudaram a cidade
Terra do Cambéu, Baiacu, Xaréu, Guaravira, a história de São
José de Ribamar é recheada de sabores típicos e atípicos, mas só agora com o
despertar da cidade para os seus muitos aspectos e valores dantes no ostracismo,
é que os mais de 230 mil ribamarenses que habitam o vasto território, ostentam
orgulho em pertencer a Ribamar.
Segunda origem- Marques informa que 'sucessivos atos e leis
alteraram o início da vida política de São José de Ribamar' e, que finalmente,
pela Lei Estadual nº 758, de 24 de setembro de 1952, assinada pelo então Governador
Eugênio Barros, que deu o nome de Ribamar à cidade, iniciou-se o processo de legitimidade
governativa. E como não poderia deixar
de faltar, teve o ‘dedo de Sarney’, que
em 1969 em homenagem ao santo padroeiro,
restaurou uma lei para que a cidade passasse
a se chamar agora não mais Ribamar, mas São José de Ribamar.
A TERCEIRA MAIOR CIDADE DO MARANHÃO São José de Ribamar e
seus 392 anos de fundação: pré-candidatos aproveitaram data.
Mas a cidade se miscigenou como era natural, obedecendo à composição
étnica brasileira, não tendo sido preservados, contudo, seus emblemas raciais
pelas gestões municipais das décadas de 90 e anos 2000. Perdeu memória,
história, identidade. Por outro lado, essa fusão de cores sofreu a força da boa convivência, gerando uma
população hospitaleira, afeita às comemorações, ao riso e à simpatia. Uma população
capaz de festejar nas adversidades, a alegria.
Praias como Ponta
Verde, Meio, Caúra e Boa Viagem seguem abandonadas. Viraram vãos
isolados num meio ambiente massacrado pela histórica falta de visão estratégica de seus governantes e a gritante ausência de políticas públicas para o setor. Um passeio nesses
locais é quase certeza de assaltos à mão armada, pela desproteção que apresentam;
pela carência de medidas de segurança, ululantes.
Os 392 anos também registram uma escalada assustadora do desemprego pelas 137 comunidades da cidade. Essa realidade vem fornecendo mão de obra ao crime e contribuindo para a consolidação de um descompasso histórico , onde as desigualdades sociais se afirmam contundentes diante de ações paliativas, ineficientes e eleitoreiras da Prefeitura. Os ribamarenses não veem em São José de Ribamar uma forma de ‘viver e fazer a vida’ no município. Muitos deles têm migrado para outros estados em busca de oportunidades. A data foi comemorada. Pré-candidatos lançaram luz sobre o dia da fundação. Mas a cidade talvez não tenha sido fundada até hoje.
Talvez ainda esteja a esperar.
Fundação da Balneária foi pouco lembrada nos
últimos anos
POR FERNANDO ATALLAIA
EDITOR DE ELEIÇÕES DA AGÊNCIA BALUARTE
Quase não se falou das potencialidades naturais, culturais
e de convivência da terceira maior cidade do Maranhão durante as comemorações
de 392 de fundação da Balneária. A data, pouco lembrada nos últimos anos, voltou
à cena, no entanto, com força total nesta segunda-feira (16), ovacionada por
pré-candidatos ao Executivo e Legislativo que viram uma oportunidade de
autopromover-se em nome da cidade.
E como não poderia deixar de faltar, teve o... |
Ainda com vocações e tradições soterradas, sem visibilidade e
carentes de ações governamentais, não só a gastronomia do portentoso Peixe-Pedra(um
símbolo local), e dos muitos pratos que levam Pacamão, Uritinga, Gurijuba e
Camurupim, parece chamar atenção daqueles que visitam a Balneária. São José de
Ribamar mostra ao país e ao mundo que é religiosa com o seu emblemático Festejo,
realizado todos os anos na Sede.
Teve prefeitos idealistas, a exemplo de João Alves da Silva, o
Tirintintim, que via no pescado local uma forma de aliar vocação e entretenimento. Tiritintim criou e organizou o Festival do Peixe-Pedra durante os anos que
governou a cidade. Teve prefeitos arrogantes, centralizadores, a exemplo de
Fernando Moura da Silva, o Luis Fernando, que durante 12 anos, a pretexto de
desenvolver o município, implantou um sistema de perseguição a seus
adversários.
Uma extensão da capital. Foi só com a... |
Nos anos posteriores, os governadores do estado mantiveram-se
míopes quanto ao crescimento da cidade e muitos deles a viam apenas como um ‘puxadinho’ de São Luís. Uma extensão da capital. Foi só com a chegada do debate em torno do conceito de ‘Região Metropolitana da Grande São Luís’, em fins de 2007, que São José de Ribamar começou a ser vista
como uma possível potência promissora no seio da Ilha.
A data foi comemorada. |
Já a partir daí, as quatro regiões do município passaram a ser
expostas como ‘movimentos populacionais integradores’, que constituindo o mapa
social do município para além da Sede, seriam capazes de gerar uma nova cidade.
Discussão que foi levada adiante durante anos por líderes políticos locais que, na
ocasião, acabaram por fortalecer o que hoje se designa Região das Vilas de São
José de Ribamar. Um conglomerado desassistido que abarca cerca de 47 bairros.
Sangue indígena na veia- De 10 ribamarenses, entre 2 e 3 munícipes devem ainda ter sangue indígena genuíno
nas veias, segundo estudiosos da cidade. A lenda conta que a baia de São José e suas encostas eram povoadas
de tribos à época do ‘descobrimento’ das terras ditas ‘nativas ribamarenses’. Bairros
históricos como São José dos Índios é
uma clara alusão à influência da etnia indígena em São José de Ribamar.
Hoje São José de Ribamar continua a ser uma cidade com aspectos de natividade
reinantes, mas tornou-se plural, quando em meados da década de 60, ritmos como
o Reggae passaram a fazer parte do dia a dia das comunidades, com sua
cultura, ideias, costumes, influenciando o vestuário e o comportamento dos ribamarenses.
Lacunas presentes- São José de Ribamar registra sua fundação
num momento onde assiste à sua própria condição de ‘cidade empacada’ sob a perspectiva
da gestão pública’. Não conseguiu conceber até hoje um polo exportador de sua
agricultura; de seus pescados que não passam do Porto do Barbosa, atendendo
apenas a demandas domiciliares, apesar do mar aberto propício à pesca industrial.
Talvez ainda esteja a esperar. |
Os 392 anos também registram uma escalada assustadora do desemprego pelas 137 comunidades da cidade. Essa realidade vem fornecendo mão de obra ao crime e contribuindo para a consolidação de um descompasso histórico , onde as desigualdades sociais se afirmam contundentes diante de ações paliativas, ineficientes e eleitoreiras da Prefeitura. Os ribamarenses não veem em São José de Ribamar uma forma de ‘viver e fazer a vida’ no município. Muitos deles têm migrado para outros estados em busca de oportunidades. A data foi comemorada. Pré-candidatos lançaram luz sobre o dia da fundação. Mas a cidade talvez não tenha sido fundada até hoje.
Talvez ainda esteja a esperar.
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