sexta-feira, 6 de dezembro de 2019

Valores aumentaram em 17 capitais no mês de novembro, segundo Dieese

A disparada do preço da carne bovina veio para ficar. De acordo com dados do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócioeconômicos (Dieese), em novembro foi registrado aumento em 17 capitais brasileiras. Em alguns casos, a alta foi de quase 20% em relação a outubro.
O peso no bolso dos brasileiros não vai diminuir. Análises indicam que, pelo menos até os primeiros meses de 2020, a carne vai continuar subindo, acompanhando o aumento das exportações do produto e da demanda interna.
O coordenador do Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), Guilherme Moreira, explica que até outubro o preço da carne apresentava comportamento inferior ao da inflação.
Mas a crise na China, ocasionada pela descoberta do vírus da peste suína, obrigou o país a aumentar a importações também da carne bovina. Para o produtor brasileiro, mandar a carne para o exterior é mais atrativo, por causa da alta do dólar. 
Resultado de imagem para MULHER COMPRANDO CARNE
Alta puxou valor da cesta básica para cima.
Segundo ele, não há nenhum fator que indique que os preços vão cair e voltar ao patamar em que estavam antes.
"Principalmente pela questão da oferta, você não aumenta a oferta de carne do dia para a noite. E o lado da demanda está pressionando ainda, porque a China vai continuar importando carne acima do que importava. Tem outra questão também, a economia está retomando, as pessoas também estão comprando. Isso tem um teto, ela não vai subir infinitamente, mas neste ano continua alto e provavelmente por um bom período do ano que vem”, explica.
Impactos
A população, já impactada pela crise econômica, sente no orçamento mensal as consequência. O comerciante Erilândio da Silva Reis vende pimentas artesanais e percebe que a mudança de preços causa impacto nas vendas. 
“O quilo da picanha está 90 reais. Principalmente eu que trabalho com pimenta artesanal, que é alimento, eu preciso que as pessoas consumam para poder utilizar meu produto. Você sente o efeito.”
Apesar de não ser responsável pelas compras de supermercado em casa, a estudante Shamberly Santana, de 17 anos, afirma que o orçamento da família foi prejudicado.
“Eu não sinto tanto, por não ter a responsabilidade de morar sozinha, mas isso prejudica sim a nossa família. A gente sente o peso no supermercado, a carne está com um preço muito alto por conta da exportação e isso acaba prejudicando o consumo de nós brasileiros. O brasileiro sente no bolso.”
No fim de novembro, o presidente Jair Bolsonaro disse que não iria interferir no preço da carne bovina e ressaltou que acreditava que o custo iria cair. As afirmações foram feitas a populares na saída do Palácio do Alvorada.
“Tivemos uma pequena crise agora [no preço da carne] mas vai melhorar. A carne aqui, internamente, daqui a algum tempo, acho que vai diminuir o preço”.
Análise do Ministério da Agricultura do mesmo período falava em acomodação dos valores, mas sem retorno aos patamares anteriores.
O aumento do preço da carne encarece também a cesta básica. De acordo com o Dieese entre outubro e novembro houve aumento nas 17 capitais pesquisadas. Além da carne, o feijão e o óleo de soja também impactaram nos resultados. 
NARA LACERDA
EDIÇÃO DE ANB 

0 comentários:

Postar um comentário

Postagens mais visitadas

Pesquisar em ANB

Nº de visitas

Central de Atendimento

FAÇA PARTE DA EQUIPE DA AGÊNCIA DE NOTÍCIAS BALUARTE

Denúncias, Sugestões, Pautas e Reclamações: agencia.baluarte@hotmail.com

atallaia.baluarte@hotmail.com

Sua participação é imprescindível!

Nossos Seguidores

Parceiros ANB