quarta-feira, 3 de abril de 2019

Governador do Maranhão teceu nova crítica à política externa que vem sendo adotada pelo governo Jair Bolsonaro 

Nesta terça-feira (2), em entrevista a um pool de emissoras maranhenses de rádio, o governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), teceu nova crítica à política externa que vem sendo adotada pelo governo Jair Bolsonaro (PSL).   

Na segunda-feira o assunto veio à tona em artigo sobre o Golpe de 1964 escrito por Flávio Dino, em parceria com Fernando Haddad (PT), Guilherme Boulos (PSOL), Sônia Guajajara (PSOL) e Ricardo Coutinho (PSB). No texto, os autores avaliam que a “disparatada política externa” de Bolsonaro “destrói a imagem do Brasil no mundo” e “ameaça trazer o conflito do Oriente Médio para nossas fronteiras”.

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O governador do Maranhão, Flávio Dino:“O quê que o Brasil vai se meter na guerra alheia? O que nos inquieta é o Brasil tomar posição nos conflitos alheios. Nós já temos os nossos próprios problemas. Nesse momento quase 14 milhões de desempregados no Brasil e não se vê o que o Governo Federal vai fazer para combater o desemprego”. 
Nos estúdios da Rádio Timbira AM, que sediou a entrevista, Dino defendeu que agenda de Bolsonaro em Israel está dentro da “tradição diplomática brasileira”, o ponto crítico da visita, segundo o governador, é envolver o Brasil em uma “guerra milenar” entre Israel e Palestina, enquanto brasileiros sofrem com graves problemas, como a escalada do desemprego. 

“O quê que o Brasil vai se meter na guerra alheia? O que nos inquieta é o Brasil tomar posição nos conflitos alheios. Nós já temos os nossos próprios problemas. Nesse momento quase 14 milhões de desempregados no Brasil e não se vê o que o Governo Federal vai fazer para combater o desemprego”, questionou Dino. 

*“Política externa da guerra”*
  
Dino lembrou que a política externa brasileira sempre foi da “independência” e da “paz entre as nações e os povos”. Ele também citou preocupação com possíveis sanções às empresas brasileiras com as movimentações diplomáticas de Bolsonaro. Com o anúncio da criação de um escritório brasileiro em Jerusalém, produtores de carne bovina e de frango temem retaliação comercial de países do Oriente Médio. Para o comunista, governo Bolsonaro aposta em uma “política externa da guerra”.

O governador pontuou que erros na política externa têm efeito direto na vida do cidadão. “Se uma empresa brasileira, por exemplo, é proibida de vender carne ou frango, significa dizer que brasileiros perderão seus empregos”, pontuou Flávio Dino.

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