quarta-feira, 27 de março de 2019
Poesia Sempre!
Leia  na íntegra o poema Apenas Novena da obra inédita Obsceno-Noite, Putas e Poesia, de autoria do poeta e jornalista maranhense Fernando Atallaia 

Poesia Sempre!

Apenas Novena

Onde noite para os passos dela? 
Fugiu àquela morte ,  minuciosamente atrás do vento
Sem que ninguém a visse rastejar nos tornozelos 

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''Foi cristalizada, mas cantou o solfejo da última novena''.
Foi vista?
Vulto, novena, graça
Habitando a  mísera desgraça dos homens ricos de miséria
Não cabe à matéria dizer do riso a dor do espírito 
''Crer-se vivo se morrer nos segundos despejados sobre ela''.
São as bodas do décimo oitavo casamento
O primeiro feito de cama, cimento endureceu  o sangue ali depositado 
E aos lados ,  música ruim, nada do blues de antigamente
Queijo ralado, olhos sem dentes, prato de infartos
O repetido acorde da dama sem bebida? 

''Não cabe à matéria dizer do riso a dor do espírito''. 
Foi cristalizada, mas cantou o solfejo da última novena
A mãe partida, a fêmea-louca dos salões da realeza
Murmúrios na escada, ele  acaba de chegar bêbedo de ilusões 
Crer-se vivo se morrer nos segundos despejados sobre ela

Crer-se vivo 


Fernando Atallaia, São José de Ribamar, agosto de 2016

Um comentário:

  1. Concordo plenamente com o que afirma Dilercy Adler.... Fernando Atallaia é um dos maiores nomes da atual poesia maranhense, se não for o maior..... ele simplesmente é brilhante.

    Euclides Barbosa Moreira Neto

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