sexta-feira, 4 de janeiro de 2019
Poesia Sempre!

A Carne Que Não Queima


Presas mortalhas,  falhas de boca, dentes franzinos-perversos
Caiam firmes sobre a água da carne
A carne que não queima
O osso que não rije


Caiam falanges de santos imundos
Das empíricas imundices varram
Selem o desabono das  lamentações   
Comam ,  abundem  
O pão
Imagem relacionada
A atriz Apolônia Lapiedra foi homenageada pela poética Atallaiana: ‘Sic transit gloria mundi’.
O vinho seco das ranhuras
E tudo nela se fará trovões  


Nas míopes travessias, pernas bêbedas
O  lodo meticuloso aguarda seivas
Saca  alquebrado
Queda do tornozelo sob duas varas de castigo


Assim com os troféus e as rastejantes  láureas
Sic transit gloria mundi
Como foi no futuro e agora no passado
Apolônia Lapiedra por todas as partes
Apolônia Lapiedra
Apolônia  



São Luís, janeiro de 2017    

2 comentários:

  1. Ela poderia ter desfilado a beleza de seus vinte anos pelas calçadas de Ipanema, no Rio de Janeiro onde nasceu. Poderia ter sido uma garota que amava os Beatles e os Rolling Stones, no embalo da liberação de costumes que varreu o mundo na década de 60. Ou poderia ter concluído o curso de Economia e levado uma vida burguesa, beneficiada pelo "milagre brasileiro" que fez o País crescer dez por cento ao ano no período mais repressivo dos governos militares. Mas Vera Sílvia Magalhães amava a revolução e, como tantos jovens de sua época, não admitia viver sob a ditadura implantada pelo golpe de 64. Nenhum deles, porém, foi tão longe: ela pegou em armas, assaltou bancos, trocou tiros com forças de segurança e sequestrou o embaixador do país mais poderoso do mundo. Viu o companheiro tombar a seu lado, quando tentavam escapar de um cerco policial. E a peruca que usava para se disfarçar nos assaltos a transformou em personagem de primeira página nos jornais populares: era a loura noventa, que empunhava dois revólveres calibre 45. Acabou baleada, presa, torturada e banida do país que queria libertar. E virou personagem de um filme que concorreu ao Oscar. Trinta anos depois, vividos entre o exílio e a volta, Vera Sílvia Magalhães ainda procura seu lugar no mundo. Carrega no corpo e na alma as marcas da violência. E se pergunta o que fazer agora de tanta ousadia e tanta generosidade, de tanta coragem e tanta ternura.


    ISSO SIM QUE É COMUNISMO
    PRA LÁ BARANGADA ANALFABETA

    R . TIRSE PÓVOAS

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  2. Puta boa da porra cara ta doido siow atalaia meu irmão te pedi umja coisa faz a matéria da boqueteira da prefeitura de ribamar ela e o veado tetéia tao de boa fazendo boquete em luis fernando e ninguém diz nada fernando cara faz essa matéria ai poeta
    doquinha da sede

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