quarta-feira, 28 de março de 2018

POESIA SEMPRE!
Leia em primeira mão  o poema 'Das circunstâncias', da obra Ode Triste para Amores Inacabados de   autoria do poeta e jornalista maranhense Fernando Atallaia

Das circunstâncias


primeiro ato (boca de cena) 


O amor dá a todos um novo toldo
Anjos, culpados, demônios  encarnados 
A depender das circunstâncias


Punhal  na garganta, veneno  à cabeça
O amor que pragueja é o mesmo que  dança  

Enlace

Cavalheiro  desencantado


Chagas
Núpcias
Intranquilidades
Divã às mil cicatrizes 
Boca desmembrada, mas falante
Porrada?
Curare
Cicuta


monólogo casuístico


Um dia saindo da rotina dos cafés o amor esbarrou na falência das carícias
Tombou a chorar

Imagem relacionada

Queria ver  a si mesmo no  desatino de  homens felizes 
Sucumbiu, cansado


O amor que despencava  lacrimejava ao bardo
Era cedo para se dá como incerto  



Um grito esculpia a cortesã 

Aconteceu na rua da paz
Vizinhança atordoada 
Sentinela vela acesa   


Quando partiu rumo à beira-mar era mais adágio que bonança
A dor no crânio não disfarçava
Tragédia de   vida sem ânsia
Tragédia de vida sem


Introito posfácico   


É cedo
Alguém acorda e o trás de volta
Às voltas de outras faces uma ave vocifera
Sutilezas esvaecidas, por enquanto   


Aguardando ar, peito rouco sem fonema
Mitral
Válvulas semi lunares ultra  cerradas  


De onde brotam as retinas os olhares e as mãos nessa terra?
Ninguém o sabe
Vem de um aplauso a origem do poema?  
Mas passou
Teatro também fecha cortinas e portas
Teatro também fecha cortinas e




São Luís, maio de 2001  

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