sexta-feira, 9 de fevereiro de 2018
“Não imagino mais este espaço sem a presença da Ronda Escolar. Eles
trabalham numa linha pedagógica que faz com que o adolescente se sinta
acolhido. As equipes estão sempre por aqui”. Quem elogia é Cristiane
Prazeres Lima Cunha, gestora do...
“Não imagino mais este espaço sem a presença da Ronda Escolar. Eles trabalham numa linha pedagógica que faz com que o adolescente se sinta acolhido. As equipes estão sempre por aqui”. Quem elogia é Cristiane Prazeres Lima Cunha, gestora do Centro de Ensino Clarindo Santiago, no bairro do Olho d’Água, em São Luís. Esta é uma das escolas que recebem a visita da Ronda Escolar para atividades de sensibilização e orientação dos estudantes.
A satisfação da gestora é reforçada pelos números. Relatório divulgado pelo grupamento mostra redução significativa em praticamente todos as ocorrências policiais dentro do ambiente escolar na Grande São Luís.
Entre os anos de 2015 e 2017, situações como agressão verbal e física, ameaças, porte de arma e uso de drogas e bebidas alcoólicas dentro de escolas de São Luís caíram drasticamente. Em 2015, por exemplo, foram 191 ocorrências de furto em escolas – contra apenas 33 no ano passado. Uma queda de 83%.
O porte de arma branca também caiu: foram 186 casos em 2015 e apenas
nove em 2017, uma redução de 95%. O mesmo ocorreu com o uso de drogas:
119 ocorrências em 2015 e 21 no ano passado, uma diferença de 82%.
Agressão verbal e física, ameaças e perturbação do sossego também estão entre os indicadores que reduziram significativamente nos últimos anos de atuação da Ronda Escolar.
Presença
A diminuição das situações de violência no ambiente escolar tem relação direta com a atuação preventiva da polícia nas unidades de ensino. Em 2015, o grupamento realizou 5.748 atendimentos – entre visitas a escolas, comunidades e momentos de orientação de pais, professores e estudantes. Já em 2017, foram 8.044 atendimentos desse tipo. A atuação busca sensibilizar os jovens e prevenir futuras ocorrências.
Os policiais conversam com crianças e adolescentes sobre temas como drogas, uso de bebida alcoólica, criminalidade, depredação do patrimônio público e respeito aos professores. Também podem participar em reuniões de pais e mestres, explicando a atuação da polícia e orientando.
As equipes também atendem ocorrências policiais que porventura se verifiquem dentro do território escolar, mediam conflitos entre estudantes e garantem a tranquilidade nos momentos de entrada e saída das aulas.
Treinamento
A abordagem da Ronda Escolar tem ainda o diferencial de ser mais adequada à realidade dos adolescentes. Isso porque os policiais recebem treinamento específico para lidar com este público. Além dos seminários periódicos de atualização, ainda este mês a Polícia Militar vai realizar o 1º Curso de Capacitação em Policiamento Comunitário Escolar. Nas capacitações, os policiais se familiarizam com o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e aprendem técnicas adequadas para se comunicar melhor com esse público.
A criação do 1º Batalhão Escolar da Polícia Militar (1º BEPM), no final do ano passado, deve ampliar ainda mais essa atuação, uma vez que vai reforçar com mais pessoal e viaturas e equipe que já atua nas unidades de ensino.
Para a comandante da Ronda Escolar, tenente Bárbara Annyreh Silva Correa, a presença nas escolas, além de reduzir as ocorrências, também ajuda a aproximar a comunidade da polícia. “Desmistificamos a imagem de truculência que algumas vezes as pessoas têm do policial. Aproveitamos essa proximidade para conversar com os alunos sobre responsabilização, buscando formar estudantes capazes de dizer não às drogas, conscientes da importância de cuidar e preservar do patrimônio público, por exemplo”, enumera a tenente, que destacou também a expectativa com a criação do 1º BEPM. “Percebemos um olhar diferenciado para este tipo de policiamento”, comemora ela.
Lições de vida
O sargento Daniel Reis, que integra a Ronda Escolar há dois anos, cita algumas experiências de sucesso. “Tem caso de alunos que foram pegos com drogas. Nós fazemos reuniões com os pais, conversamos com esses alunos, e depois disso pararam de usar. Casos de alunos que se envolveriam com facções criminosas e conseguimos resgatar. Precisa ter trato com a comunidade escolar, conhecer as particularidades de lidar com um adolescente, e precisamos também trabalhar juntos. Nosso trabalho, além da escola, é muito em parceria com os pais e o conselho tutelar”, explica.
A gestora Cristiane reforça a importância da atuação conjunta. “A gente não pode mais atuar isoladamente. A Polícia Militar é um dos agentes que complementam o trabalho, que tem que ser feito num contexto amplo, com toda a sociedade. Precisamos de todo o aparato possível porque muitas crianças e adolescentes que atendemos vêm de comunidades muito pobres, sem estrutura familiar adequada, de modo que são presas fáceis para o crime. Ter esse contato preventivo dentro das escolas ajuda muito”, afirmou.
“Não imagino mais este espaço sem a presença da Ronda Escolar. Eles trabalham numa linha pedagógica que faz com que o adolescente se sinta acolhido. As equipes estão sempre por aqui”. Quem elogia é Cristiane Prazeres Lima Cunha, gestora do Centro de Ensino Clarindo Santiago, no bairro do Olho d’Água, em São Luís. Esta é uma das escolas que recebem a visita da Ronda Escolar para atividades de sensibilização e orientação dos estudantes.
A satisfação da gestora é reforçada pelos números. Relatório divulgado pelo grupamento mostra redução significativa em praticamente todos as ocorrências policiais dentro do ambiente escolar na Grande São Luís.
Entre os anos de 2015 e 2017, situações como agressão verbal e física, ameaças, porte de arma e uso de drogas e bebidas alcoólicas dentro de escolas de São Luís caíram drasticamente. Em 2015, por exemplo, foram 191 ocorrências de furto em escolas – contra apenas 33 no ano passado. Uma queda de 83%.
Entre os anos de 2015 e 2017, situações como agressão verbal e física, ameaças, porte de arma e uso de drogas e bebidas alcoólicas dentro de escolas de São Luís caíram drasticamente. Em 2015, por exemplo, foram 191 ocorrências de furto em escolas – contra apenas 33 no ano passado. Uma queda de 83%. |
Agressão verbal e física, ameaças e perturbação do sossego também estão entre os indicadores que reduziram significativamente nos últimos anos de atuação da Ronda Escolar.
Presença
A diminuição das situações de violência no ambiente escolar tem relação direta com a atuação preventiva da polícia nas unidades de ensino. Em 2015, o grupamento realizou 5.748 atendimentos – entre visitas a escolas, comunidades e momentos de orientação de pais, professores e estudantes. Já em 2017, foram 8.044 atendimentos desse tipo. A atuação busca sensibilizar os jovens e prevenir futuras ocorrências.
Os policiais conversam com crianças e adolescentes sobre temas como drogas, uso de bebida alcoólica, criminalidade, depredação do patrimônio público e respeito aos professores. Também podem participar em reuniões de pais e mestres, explicando a atuação da polícia e orientando.
As equipes também atendem ocorrências policiais que porventura se verifiquem dentro do território escolar, mediam conflitos entre estudantes e garantem a tranquilidade nos momentos de entrada e saída das aulas.
Treinamento
A abordagem da Ronda Escolar tem ainda o diferencial de ser mais adequada à realidade dos adolescentes. Isso porque os policiais recebem treinamento específico para lidar com este público. Além dos seminários periódicos de atualização, ainda este mês a Polícia Militar vai realizar o 1º Curso de Capacitação em Policiamento Comunitário Escolar. Nas capacitações, os policiais se familiarizam com o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e aprendem técnicas adequadas para se comunicar melhor com esse público.
A criação do 1º Batalhão Escolar da Polícia Militar (1º BEPM), no final do ano passado, deve ampliar ainda mais essa atuação, uma vez que vai reforçar com mais pessoal e viaturas e equipe que já atua nas unidades de ensino.
Para a comandante da Ronda Escolar, tenente Bárbara Annyreh Silva Correa, a presença nas escolas, além de reduzir as ocorrências, também ajuda a aproximar a comunidade da polícia. “Desmistificamos a imagem de truculência que algumas vezes as pessoas têm do policial. Aproveitamos essa proximidade para conversar com os alunos sobre responsabilização, buscando formar estudantes capazes de dizer não às drogas, conscientes da importância de cuidar e preservar do patrimônio público, por exemplo”, enumera a tenente, que destacou também a expectativa com a criação do 1º BEPM. “Percebemos um olhar diferenciado para este tipo de policiamento”, comemora ela.
Lições de vida
O sargento Daniel Reis, que integra a Ronda Escolar há dois anos, cita algumas experiências de sucesso. “Tem caso de alunos que foram pegos com drogas. Nós fazemos reuniões com os pais, conversamos com esses alunos, e depois disso pararam de usar. Casos de alunos que se envolveriam com facções criminosas e conseguimos resgatar. Precisa ter trato com a comunidade escolar, conhecer as particularidades de lidar com um adolescente, e precisamos também trabalhar juntos. Nosso trabalho, além da escola, é muito em parceria com os pais e o conselho tutelar”, explica.
A gestora Cristiane reforça a importância da atuação conjunta. “A gente não pode mais atuar isoladamente. A Polícia Militar é um dos agentes que complementam o trabalho, que tem que ser feito num contexto amplo, com toda a sociedade. Precisamos de todo o aparato possível porque muitas crianças e adolescentes que atendemos vêm de comunidades muito pobres, sem estrutura familiar adequada, de modo que são presas fáceis para o crime. Ter esse contato preventivo dentro das escolas ajuda muito”, afirmou.
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