segunda-feira, 12 de fevereiro de 2018
23:39
| Postado por
Equipe Baluarte
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Presidente foi a Roraima para conhecer de perto a crise dos imigrantes do país vizinho
O presidente Michel Temer defendeu nesta segunda (12) que os milhares de refugiados venezuelanos em Roraima sejam distribuídos por outras unidades da federação
Em Boa Vista, ele afirmou que o grande fluxo de imigrantes tem causado problemas, mas que não impedirá a entrada dos estrangeiros.
A ideia do governo federal é fazer um censo dos refugiados e distribuí-los como ocorreu após a entrada de haitianos no Acre, em 2015."O fluxo de venezuelanos cria problemas para Roraima e poderá se estender a outras unidades da federação se não tomarmos medidas de natureza federal. É necessário avaliar a possibilidade de conduzi-los a outros Estados, diversificando a entrada", disse.
O presidente diz que os estrangeiros "tiram empregos da população roraimense" e promete resolver o problema em seu mandato, que acaba em dezembro, sem barrá-los: "Ninguém vai impedir os refugiados de virem para cá. Vamos ordenar as entradas".
A viagem de Temer, que ocorre dois anos após a explosão da crise migratória venezuelana, se resumiu à visita ao palácio de governo. Ele não foi a abrigos de refugiados nem à praça onde acampam os estrangeiros, como queriam autoridades locais.
A ideia do governo federal é fazer um censo dos refugiados e distribuí-los como ocorreu após a entrada de haitianos no Acre, em 2015. |
SEM RECURSOS
No encontro na sede do governo estadual, Temer anunciou que nesta quinta (15) será editada medida provisória com ajuda federal para Roraima, com alimentos e remédios. Segundo ele, as Forças Armadas coordenarão a ação.
Questionado sobre o valor do repasse, respondeu à b: "Quanto seja necessário, nós vamos destinar".
A expectativa é que o Palácio do Planalto anuncie nesta semana a criação de um hospital de campanha e amplie o efetivo de militares na fronteira com a Venezuela.
Temer afirmou que os refugiados são obrigados a deixar seu país porque "não há condições de vida" na Venezuela. "Não viria aqui para fazer um palanque politiqueiro, e a situação do Brasil é muito grave", disse.
Na semana passada, ele ressaltara o atrito entre Brasília e Caracas após o regime de Nicolás Maduro declarar o embaixador brasileiro "persona non grata" no país.
No encontro, a governadora Suely Campos (PP) apresentou pedidos como a obrigação de que os refugiados sejam vacinados na fronteira, aumento do efetivo da Polícia Federal e mais recursos para segurança pública.
Sem estrutura, Boa Vista acolhe 40 mil venezuelanos, acirrando tensões. Muitos pedem esmola, vendem doces e lavam para-brisas. Na movimentada avenida Venezuela, estrangeiros se oferecem como pedreiros e pintores.
Do Notícias ao Minuto
Com informações da Folhapress
Edição da Agência Baluarte
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