quinta-feira, 1 de fevereiro de 2018
Os desembolsos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para a região Nordeste cresceram 24% no ano passado, na comparação com 2016, e...

Os desembolsos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para a região Nordeste cresceram 24% no ano passado, na comparação com 2016, e atingiram R$ 14,2 bilhões. De acordo com o diretor de Planejamento e Crédito do BNDES, Carlos Alexandre Da Costa, a região respondeu por 20% do total nacional liberado pelo Banco, maior percentual desde o início da série histórica, em 1995. O resultado também supera a participação relativa da região no PIB, que é de 14,2%, segundo dados do IBGE. De 2012 a 2017, os desembolsos para o Nordeste acumulam R$ 119,2 bilhões.


O segmento que mais recebeu recursos do BNDES no Nordeste em 2017 foi a geração de energia elétrica a partir da fonte eólica: R$ 6,6 bilhões no ano passado, somando mais de R$ 23,8 bilhões desembolsados desde 2012. A região concentra 83,4% da matriz eólica nacional, com 10.543,2 megawatts de capacidade instalada, o suficiente para abastecer mais de 23 milhões de domicílios. Os parques em construção e/ou contratados somam mais 4.642,9 MW.


Os Estados nordestinos que apresentaram maior crescimento de desembolso em relação ao ano anterior foram Piauí (154,7%), Maranhão (81,9%) e Paraíba (73,6%), impulsionados por operações de implantação de parques eólicos — e, no caso maranhense, também em função de operações com a Vale S.A. e com o governo do Estado. 


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Principais responsáveis pelo desempenho foram projetos de geração de energia eólica, que receberam R$ 6,6 bilhões no ano passado.
Os Estados que mais receberam a maior parte dos recursos liberados para a região, entre 2012 e 2017, foram Bahia (29,4% do total do Nordeste), Pernambuco (17,2%), Maranhão (16,1%) e Ceará (14,1%). Dentre os projetos apoiados no período, destacam-se a ampliação do metrô de Salvador, com expansão da linha 1 e construção da linha 2, infraestrutura de saneamento (BA), investimentos da indústria naval (PE) e da indústria automotiva (BA e PE) e implantação de parques eólicos (BA e CE).


Empregos e desenvolvimento regional – Somente em 2017, estima-se que a implantação de projetos com desembolso do BNDES para o Nordeste tenha sido responsável pela geração e manutenção de mais de 235 mil postos de trabalho, o que corresponde a 20% do total de empregos associados a projetos apoiados pelo BNDES no período.   

“A atuação do BNDES no desenvolvimento do Nordeste foi responsável por 3% das vagas de trabalho com carteira assinada na região. Além do foco em infraestrutura, nossa atuação tem grandes impactos sobre o fortalecimento das cadeias produtivas locais”, afirma Carlos Alexandre Da Costa.


Atuação socioambiental - O BNDES aprovou, no fim do ano passado, a destinação de R$ 100 milhões do Fundo Social para a instalação de 6.800 cisternas de segunda água (modelo de 52 mil litros) no semiárido brasileiro. Desde 2013, o Banco já destinou R$ 271 milhões, em recursos não reembolsáveis do seu Fundo Social, para a construção de 25 mil cisternas de segunda água, que captam e armazenam água da chuva para uso em irrigação e criação de animais. Seus destinatários são famílias rurais de baixa renda atingidas pela seca ou pela falta regular de água no semiárido brasileiro — uma região que abrange 8 Estados do Nordeste (AL, BA, CE, PB, PE, PI, RN e SE) e MG, onde vivem cerca de 24 milhões de brasileiros.


Desempenho nacional e MPMEs – Considerando o desempenho para todo o País, o BNDES no ano passado desembolsou R$ 70,8 bilhões. O destaque foram os desembolsos para micro, pequenas e médias empresas, que cresceram 9% e atingiram R$ 29,7 bilhões (42% do total liberado pelo Banco, recorde histórico de participação).


Na região Nordeste, os Estados da Paraíba e do Ceará acompanharam a tendência nacional também neste aspecto. O primeiro apresentou crescimento de 3,4% em desembolsos para as empresas de menor porte, que receberam R$ 98,7 milhões. Já as MPMEs do Ceará receberam R$ 316,7 milhões do BNDES no ano passado, crescimento de 2,5% em relação a 2016.



MATÉRIA ENVIADA PELA ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO DO BNDES-GOVERNO FEDERAL

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