domingo, 4 de fevereiro de 2018
10:35
| Postado por
Equipe Baluarte
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O presidente do PTB, Roberto Jefferson, afirmou neste sábado (3) à Folha de S.Paulo que não desistirá da nomeação de sua filha, a deputada Cristiane Brasil (PTB-RJ), ao Ministério do Trabalho e que ela não...
BRASÍLIA, DF - O presidente do PTB, Roberto Jefferson, afirmou neste sábado (3) à Folha de S.Paulo que não desistirá da nomeação de sua filha, a deputada Cristiane Brasil (PTB-RJ), ao Ministério do Trabalho e que ela não "vai sair de bandida" após a divulgação de que é investigada por suspeita de associação ao tráfico de drogas durante a campanha eleitoral de 2010.
"Não
vamos desistir da indicação, tem que levar até o fim a votação no
Supremo Tribunal Federal. Minha filha não vai sair de bandida", afirmou
Jefferson.
Segundo
o jornal "O Estado de S.Paulo", o Ministério Público Federal investiga
Cristiane, seu ex-cunhado, o deputado estadual Marcus Vinicius (PTB), e
mais três assessores por associação ao tráfico.
Eles
são acusados de dar dinheiro a traficantes de Cavalcanti, bairro da
zona norte do Rio e um dos redutos eleitorais da deputada, para ter
"direito exclusivo" de fazer campanha na região.
Jefferson
criticou a reportagem, afirmou que a acusação é "leviana" e que sua
filha não era candidata em 2010. À época, Cristiane era vereadora
licenciada e secretária municipal da gestão do então prefeito Eduardo
Paes (MDB).
"A matéria indecente. É um absurdo. Minha filha tinha entrada na comunidade porque era secretária da terceira idade. É uma acusação leviana". |
"A
matéria indecente. É um absurdo. Minha filha tinha entrada na
comunidade porque era secretária da terceira idade. É uma acusação
leviana", disse o presidente do PTB.
Segundo
ele, há "ódio e perseguição" contra sua filha, que trava uma batalha
judicial há semanas para conseguir tomar posse como ministra do Trabalho
do governo de Michel Temer.
Temer
insiste no discurso de que vai esperar a palavra final do STF sobre a
nomeação de Cristiane -a presidente da corte, ministra Cármen Lúcia,
impediu a deputada provisoriamente de tomar posse e o tribunal deve
decidir em breve sobre o assunto.
A
tese de Temer e de seus principais auxiliares é a de que, apesar do
desgaste gerado ao governo, a prerrogativa de nomear e exonerar
ministros é do presidente da República e que, se sucumbirem, abrem
espaço para qualquer juiz de primeiro grau impedir novas indicações na
Esplanada.
Jefferson
articulou o apoio da bancada do PTB na Câmara para a reforma da
Previdência, principal bandeira do governo e que pode ser votada em
fevereiro. A indicação de Cristiane foi uma forma de Temer retribuir o
esforço do pai da deputada.
O presidente do PTB admite que há desgaste, mas que é preciso "segurá-lo". "Claro que há desgaste, mas vamos segurar até o fim".
Mesmo
após as novas denúncias contra Cristiane, os principais assessores de
Temer dizem que vão aguardar a decisão do STF sobre o tema e que, antes
disso, o presidente só substituiria a indicação a pedido do próprio
Jefferson, com aval do PTB.
Cristiane
já foi condenada por dívidas trabalhistas e a Justiça Federal em
Niterói (RJ) suspendeu sua posse sob o argumento de que ela não atende
ao requisito de moralidade administrativa para o cargo, previsto na
Constituição.
AS INFORMAÇÕES SÃO DA REPÓRTER MARINA DIAS, DO JORNAL FOLHA DE SÃO PAULO
EDIÇÃO DA AGÊNCIA DE NOTÍCIAS BALUARTE
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