terça-feira, 5 de dezembro de 2017
21:46
| Postado por
Equipe Baluarte
|
Procuradoria denuncia esquema de corrupção de militares
Três coronéis da
reserva, um coronel e dois majores da ativa são acusados de integrar esquema
que desviou 150 milhões de reais.
É comum cidadãos e
ativistas de extrema direita defenderem uma intervenção militar como solução
para o Brasil, sob o argumento de que a corrupção não viceja nas Forças
Armadas. Uma denúncia da Procuradoria da Justiça Militar no Rio de Janeiro
mostra, porém, que a disciplina militar está longe de ser infalível.
Segundo os
procuradores, 11 cidadãos, sendo três coronéis da reserva, um coronel e dois
majores da ativa, além de cinco civis, envolveram-se em fraudes de dispensa de
licitações em contratos celebrados entre o Departamento de Engenharia e
Construção (DEC) e fundações privadas coordenadas pelo Centro de Execelência em
Engenharia de Transportes (Centran).
De acordo com a
denúncia da Procuradoria, as fraudes em licitações causaram um prejuízo de 150
milhões de reais aos cofres públicos entre 2005 e 2010. Não há indícios de
envolvimento de algum oficial-general nos crimes.
O Superior Tribunal
Militar tem de decidir se aceita a denúncia. As acusações contra militares tem
que ser processadas pela Procuradoria-Geral da Justiça Militar.
O esquema é integrado por oficiais que comandavam o Centro de Engenharia de Transportes. |
Segundo os
procuradores, o envolvidos no esquema "acreditavam estar isentos de
qualquer suspeita". A Procuradoria não menciona os nomes dos envolvidos,
mas menciona patentes e cargos.
De acordo com a denúncia, há três grupos envolvidos nas fraudes: um formado por oficiais coordenadores do Centran, outro composto por sócios de empresas de fachada, e um último integrado por oficiais e civis de fundações que prestam apoio ao Exército.
Dois dos militares denunciados, um coronel da reserva e um major, são o supervisor executivo e o supervisor administrativo de contratos celebrados pelo Centran. Eles foram afastados da direção do centro em 2009 diante da suspeita de irregularidades.
Segundo a denúncia, o
grupo de empresários utilizava parentes e amigos como laranjas para
administrarem empresas que participaram de licitações relacionados às
atividades do Exército. Eles teriam emitido notas fiscais e contratos falsos.
A Procuradoria afirma que o DEC, coordenado pelo Centran, celebrou 29 contratos com fundações "que não tinham capacidade técnica para prestar assessoramento em consultoria de transportes".
A denúncia afirma que o major do Centran, à época capitão, tinha vencimento bruto anual inferior a 105 mil reais, porém sua movimentação bancária chegou a 1,1 milhão de reais em 2006. De acordo com os procuradores, o major e o coronel citados movimentaram mais de 3 milhões de reais em suas contas bancárias.
A Procuradoria afirma que o DEC, coordenado pelo Centran, celebrou 29 contratos com fundações "que não tinham capacidade técnica para prestar assessoramento em consultoria de transportes".
A denúncia afirma que o major do Centran, à época capitão, tinha vencimento bruto anual inferior a 105 mil reais, porém sua movimentação bancária chegou a 1,1 milhão de reais em 2006. De acordo com os procuradores, o major e o coronel citados movimentaram mais de 3 milhões de reais em suas contas bancárias.
AS INFORMAÇÕES SÃO DE
CARTA CAPITAL
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