sexta-feira, 3 de novembro de 2017
Agricultura familiar é responsável por 70% dos alimentos consumidos no Brasil
As atividades organizadas pelo Movimento dos Pequenos Agricultores ocorrem em cerca de 17 estados do Brasil.

Soberania alimentar está no poder de decidir. O agricultor ter a liberdade de escolher o que cultivar com acesso garantido à água, terra e sementes e, por sua vez, o consumidor ter a informação completa do alimento que compra. De acordo com a Via Campesina Internacional, a Soberania Alimentar é o direito dos povos de definir suas próprias políticas e estratégias sustentáveis de produção, distribuição e consumo, garantindo o direito à alimentação para toda a população. 

Raul Krauser é militante do Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA). Ele atua no setor de produção no município de São Gabriel da Palha, no interior do Espírito Santo. De acordo com o técnico em agropecuária, pensar na cadeia produtiva de um sistema que se baseia na Soberania Alimentar é criar estratégias que beneficiem tanto produtor, quanto consumidor. 

“Para nós a estratégia do abastecimento é fazer chegar à mesa do povão alimento de qualidade e saudável a um preço viável. O preço que é vendido o alimento do agronegócio é muito baixo porque ele é fortemente subsidiado pelo Estado e sociedade de maneira geral. Quando a gente trabalha a produção alternativa, essa realidade se altera um pouco, mas a gente consegue trabalhar eliminando um conjunto de atravessadores e a rede varejista, indo direto do agricultor ao consumidor,” afirma. 

Dados da Secretaria Especial de Agricultura Familiar e do Desenvolvimento Agrário (Sead), apontam que a agricultura familiar é responsável por 70% do que se consome no país. A indústria do agronegócio, que recebe boa parte do incentivo do governo, está voltada para a exportação. É o caso da soja, milho, laranja e cana-de-açúcar, por exemplo. 

Feiras e mercados populares se destacam como os principais espaços para comercialização da agricultura familiar.
Para Krauser uma das principais diferenças na produção de alimentos dos pequenos agricultores está na diversidade de produtos e ao valor cultural que cada alimento possui. Além disso, o agricultor explica para a Radioagência Brasil de Fato, que o MPA tem buscado romper com lógicas estabelecidas no mercado de comercialização.  

“Para nós a estratégia do abastecimento é fazer chegar à mesa do povão alimento de qualidade e saudável a um preço viável. O preço que é vendido o alimento do agronegócio é muito baixo porque ele é fortemente subsidiado pelo Estado e sociedade de maneira geral. Quando a gente trabalha a produção alternativa, essa realidade se altera um pouco, mas a gente consegue trabalhar eliminando um conjunto de atravessadores e a rede varejista, indo direto do agricultor ao consumidor,” afirma. 

Dados da Secretaria Especial de Agricultura Familiar e do Desenvolvimento Agrário (Sead), apontam que a agricultura familiar é responsável por 70% do que se consome no país. A indústria do agronegócio, que recebe boa parte do incentivo do governo, está voltada para a exportação. É o caso da soja, milho, laranja e cana-de-açúcar, por exemplo. 

Para Krauser uma das principais diferenças na produção de alimentos dos pequenos agricultores está na diversidade de produtos e ao valor cultural que cada alimento possui. Além disso, o agricultor explica para a Radioagência Brasil de Fato, que o MPA tem buscado romper com lógicas estabelecidas no mercado de comercialização.  


 As informações são da repórter Jaqueline Deister
 Edição de Fernando Atallaia e Raquel Júnia

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