segunda-feira, 13 de novembro de 2017
13:23
| Postado por
Equipe Baluarte
|
Militantes brasileiros são detidos no Zimbábue em meio à comitiva de
direitos humanos
Os ativistas brasileiros estão no Zimbábue desde a quarta-feira (8) e
têm viagem de volta para o Brasil marcada para a próxima segunda-feira (13).
EMBAIXADA BRASILEIRA NO ZIMBÁBUE já foi acionada e está em contato com a polícia local para reunir mais informações. A Divisão de Direitos Humanos do Ministério das Relações Exteriores, em Brasília, também já está acompanhando o caso. A chefia do Departamento para África Central do MRE igualmente já foi notificada.
Ativistas visitavam comunidade que sofre com impactos da mineração de
diamante realizada por uma empresa chinesa.
Três militantes brasileiros foram detidos no Zimbábue nesta sexta-feira
(10). Eles integravam uma comitiva de direitos humanos que visitava áreas de
mineração no país africano junto a delegações de outra nações. Entre os
detidos, dois são do Movimento pela Soberania Popular na Mineração (MAM) —
Jarbas Vieira e Maria Julia Gomes Andrade —, e o terceiro, é da Comissão
Pastoral da Terra (CPT) – Frei Rodrigo Peret.
A cidade onde ocorreu a detenção é Mutare, a 270 quilômetros da capital
do país, Harare, próximo à fronteira com Moçambique. De acordo com
informações de familiares dos detidos e membros do MAM, os ativistas visitavam
uma comunidade que sofre com os impactos da mineração de diamante realizada por
uma empresa chinesa.
Segundo nota emitida pelos movimentos que acompanham o caso, "a
motivação da prisão ainda segue imprecisa, mas há informações de que eles foram
acusados de estarem violando uma área de preservação". Um advogado da
organização Via Campesina está no Zimbábue acompanhando o caso.
A Embaixada brasileira em Harare já foi notificada do ocorrido e disse
estar acompanhando "o caso para obter mais informações e prestar a
assistência consular necessária". Segundo os movimentos, diplomatas estão
em contato com a polícia local e estão a caminho de onde se encontram os
brasileiros. A Divisão de Direitos Humanos do Ministério das Relações
Exteriores, em Brasília, também foi notificada.
O irmão de Maria Julia, Pedro Gomes Andrade, disse à reportagem que
formalizou "um pedido de proteção consular na embaixada, para que eles
intervenham perante a polícia do Zimbábue e prestem assistência a eles [os
detidos]".
Outros 19 militantes de distintos países também teriam sido detidos,
mas ainda não há informações oficiais sobre a procedência deles nem a situação
atual do caso.
Segundo nota dos movimentos brasileiros, "há grande preocupação
com o momento de instabilidade política do país africano. Diversas organizações
e militantes estão mobilizando as suas redes para prestar apoio e solidariedade
aos companheiros e a todo o grupo".
De acordo com informações preliminares, os militantes são acusados de estarem violando uma área de preservação. |
Leia na íntegra a nota sobre o caso:
Hoje, 10 de novembro de 2017, três brasileiros foram presos no
Zimbabwe: Frei Rodrigo Peret, militante da Comissão Pastoral da Terra de
Uberlândia, Maria Julia Gomes Andrade e Jarbas Vieira, militantes do MAM –
Movimento pela Soberania Popular na Mineração e membros da secretaria do Comitê
Em Defesa dos Territórios Frente à Mineração.
O grupo de brasileiros participava de atividade de intercâmbio do
Diálogo dos Povos Brasil e América Latina e foram detidos com mais 22 pessoas
de cinco países africanos que também estavam na mesma comitiva. Eles estão
detidos na delegacia central da cidade de Mutare, que fica a 270 quilômetros da
capital, Harare, na fronteira com Moçambique.
A alegação para a prisão do grupo é de que estariam violando uma área
de propriedade privada, que pertence a uma mineradora chinesa, que explora
diamante na região, no entanto, a atividade era realizada em uma comunidade
onde vivem cerca de 6 mil pessoas.
EMBAIXADA BRASILEIRA NO ZIMBÁBUE já foi acionada e está em contato com a polícia local para reunir mais informações. A Divisão de Direitos Humanos do Ministério das Relações Exteriores, em Brasília, também já está acompanhando o caso. A chefia do Departamento para África Central do MRE igualmente já foi notificada.
Há grande preocupação com o momento de instabilidade política do
Zimbábue. Diversas organizações e militantes estão mobilizando as suas redes
para prestar apoio e solidariedade aos companheiros e a todo o grupo.
Assinam a nota:
CPT – Comissão Pastoral da Terra
MAM – Movimento pela Soberania Popular na Mineração
MAM – Movimento pela Soberania Popular na Mineração
omitê Nacional em Defesa dos Territórios frente à Mineração
Justiça Global
FASE
Articulação internacional dos atingidos e atingidas pela Vale
Fian Brasil
FiAn Internacional
Via Campesina Brasil
Instituto Politicas Alternativas para o Cone Sul (PACS)
Justiça Global
FASE
Articulação internacional dos atingidos e atingidas pela Vale
Fian Brasil
FiAn Internacional
Via Campesina Brasil
Instituto Politicas Alternativas para o Cone Sul (PACS)
migos da Terra Brasil
Coletivo Margarida Alves de Assessoria Popular
Rede Nacional de Advogados e Advogados Populares
Justiça nos Trilhos
Comitê brasileiro de defensoras e defensores de direitos humanos
Cáritas Brasileira Regional Minas Gerais
Rede brasileira de justiça ambiental
Artigo 19
Coletivo Margarida Alves de Assessoria Popular
Rede Nacional de Advogados e Advogados Populares
Justiça nos Trilhos
Comitê brasileiro de defensoras e defensores de direitos humanos
Cáritas Brasileira Regional Minas Gerais
Rede brasileira de justiça ambiental
Artigo 19
Sinfrajupe
PoEMAS
Terra de Direitos
Plataforma Dhesca
Franciscans International
Grupo de Estudos e Pesquisas Socioambientais- GEPSA/UFOP
Homa- Centro de Direitos Humanos e Empresas
IANRA – International Alliance on Natural Resources in Africa
PoEMAS
Terra de Direitos
Plataforma Dhesca
Franciscans International
Grupo de Estudos e Pesquisas Socioambientais- GEPSA/UFOP
Homa- Centro de Direitos Humanos e Empresas
IANRA – International Alliance on Natural Resources in Africa
PODER – Project on
Organization, Development, Education and Reseat
INESC – Instituto de Estudos Socioeconômicos
INESC – Instituto de Estudos Socioeconômicos
As informações são da repórter Vivian Fernandes
Edição de Vanessa Martina Silva
Assinar:
Postar comentários
(Atom)
0 comentários:
Postar um comentário