sábado, 16 de setembro de 2017
Analistas preveem déficit primário ainda pior neste ano
 
Os economistas ouvidos em pesquisa do Ministério da Fazenda (MF) pioraram as projeções para o déficit primário do governo central (Tesouro, Banco Central e Previdência) tanto para este como para o próximo ano. É o que mostra o relatório Prisma Fiscal de setembro, do MF, divulgado nesta quinta-feira.
 
A expectativa agora é de um rombo de R$ 159 bilhões para 2017, limite definido pela nova meta fiscal, acima dos R$ 154,841 bilhões esperados antes.

Para 2018, ainda segundo o Prisma, a projeção de déficit passou a R$ 156,341 bilhões, de R$ 130,527 bilhões no relatório anterior. Os dados foram coletados até o quinto dia útil de setembro.

No mês passado, a equipe econômica decidiu elevar as metas de déficit primário para este e para o próximo ano a R$ 159 bilhões. Em relação à trajetória da dívida bruta, os economistas melhoraram ligeiramente a projeção para este ano a 75,80% do Produto Interno Bruto (PIB), pouco abaixo de 75,90% na pesquisa de agosto. Para 2018, a projeção caiu a 78,82%, de 79,06%.

IBC-BR

O MF, porém, acredita que a atividade econômica do Brasil passará por um terceiro trimestre em território positivo, ligeiramente melhor do que esperado. O relatório destaca a recuperação gradual de uma economia, com inflação fraca e sinais de melhora do mercado de trabalho.

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No mês passado, a equipe econômica decidiu elevar as metas de déficit primário para este e para o...
O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), espécie de sinalizador do Produto Interno Bruto (PIB), registrou alta de 0,41% em julho ante junho, em dado dessazonalizado. O número divulgado nesta quinta-feira foi o segundo mensal seguido no azul.

A leitura ficou abaixo do avanço de 0,55% visto em junho, em dado revisado pelo BC, mas foi bem melhor do que a expectativa em pesquisa da Reuters de avanço de 0,10% na mediana das projeções dos especialistas consultados.

Desempenho

 
A recuperação do consumo das famílias diante da inflação e dos juros em queda no país ajudou o Brasil a crescer mais do que o esperado no segundo trimestre, a uma taxa de 0,2% em relação aos três meses anteriores, segundo dados do IBGE.

Em julho, a produção industrial mostrou força ao expandir 0,8% ante junho, no melhor desempenho para o mês em três anos.

Por outro lado, as vendas varejistas apresentaram estabilidade no período devido à menor demanda por combustíveis, enquanto o setor de serviços registrou o pior resultado para julho na série com recuo de 0,8% no volume, porém após três meses seguidos de altas.

No acumulado

 

Na comparação com julho de 2016, o IBC-Br apresentou avanço de 1,48%, enquanto que no acumulado em 12 meses houve queda de 1,37%, sempre em números dessazonalizados.
A pesquisa Focus realizada pelo BC junto a uma centena de economistas vem mostrando revisões para cima nas expectativas para o PIB neste ano, com o último levantamento apontando crescimento de 0,60%.

O IBC-Br incorpora projeções para a produção nos setores de serviços, indústria e agropecuária, bem como o impacto dos impostos sobre os produtos.


AS INFORMAÇÕES SÃO DO CB
EDIÇÃO DA AGÊNCIA BALUARTE  

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