terça-feira, 30 de maio de 2017
Prefeitura, órgão legitimado para ações executivas, vem funcionando como promotora de eventos.

Investimentos reais em setores da gestão não são feitos, mas ideia é passada como tal. 


POR FERNANDO ATALLAIA

EDITOR-CHEFE DA AGÊNCIA BALUARTE



Aconteceu há duas semanas o 9º Seminário do Reggae e Turismo promovido pela prefeitura de São Luís. Como se sabe não é o primeiro, mas a lógica continua a mesma: fazer parecer que o órgão público está valorizando e investindo na cadeia produtiva do segmento. Não está.

O Movimento Reggae em São Luís existe a duras penas, sem investimento governamental e unicamente a partir do empenho e esforço pessoal de produtores independentes que, para lançar mão de um jargão popular, não deixam a peteca cair.  

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Sem nenhum investimento concreto na cadeia produtiva, São Luís resiste como a Capital Brasileira do Reggae.

Conhecida nacional e internacionalmente como a Capital Brasileira do Reggae no País, São Luís não promove um festival sequer que faça jus ao título, o que em capitais como Londres ou em países como Inglaterra onde o ritmo é também cultuado, detentores se fossem do título há muito já vinha ocorrendo. 


Nas gestões passadas e na atual o cenário sempre foi excludente, mas a administração do prefeito Edivaldo Holanda Jr tenta ludibriar a população passando a falsa ideia de que ao organizar um evento está efetivamente investindo no Movimento. Na edição anterior do Seminário, profissionais que atuam no Reggae da capital, entre músicos, bandas, produtores culturais, designers, dj’s, grupos de dança, proprietários de clubes e os próprios regueiros  esperavam que o prefeito anunciasse bolsa de pelo menos R$ 10 milhões para aquele ano. A gestão de Jr anunciou salgadinhos, refrigerantes, suco de murici e nada mais. 

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ERA PRA SER  R$ 10 MILHÕES O prefeito Edivaldo Holanda Jr: refrigerantes e salgadinhos para desviar foco de ausência de investimento.

Sob pretexto de otimizar o turismo da capital a partir do Reggae-, o que poderia ser ponte aérea permanente entre São Luís, Jamaica, Caribe e as Américas-, o evento não passou de espaço-cicerone para discurso inoperante, vazio e falacioso da gestão pedetista. Houve registro na década de 1990 de que, de fato, a Capital Brasileira do Reggae era um destino certo para estrangeiros, visitantes intercontinentais e brasileiros  dos mais diferentes estados da Federação. O setor Hoteleiro e de Alimentação em São Luís registra queda, sem precedentes, nos dias atuais. O Movimento não recebeu a atenção devida através de políticas públicas concretas que fortalecessem a capital maranhense como uma das referencias do ritmo no Mundo. Bandas promitentes dessa época não puderam contar com um plano de ação governamental para o segmento e capitais como Fortaleza, São Paulo e Brasília (até então sem expressão no gênero) se sobressaíram, deixando São Luís para trás na Cena Reggae Nacional. Na atualidade a situação se repete, mas o 9º Seminário do Reggae e Turismo foi realizado com refrigerantes e salgadinhos.


Sem suco de murici dessa vez.

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