quinta-feira, 26 de janeiro de 2017

Desaparecimento de militares pode ter envolvimento de outros PMs

Desaparecimento dos policiais César e Alberto ainda representa um grande mistério.


Segundo o depoimento de uma testemunha supostamente ouvida pela polícia, o desaparecimento do cabo Júlio César da Luz Pereira e do soldado Carlos Alberto Constantino Sousa – que sumiram na cidade de Buriticupu/MA no dia 17 de novembro do ano passado e até agora não foram encontrados – pode ter envolvimento de colegas de farda deles. A apreensão de uma carreta sem autorização judicial estaria relacionada ao caso. 

A testemunha relatou, conforme um áudio divulgado nas redes sociais, que um major, um tenente e dois soldados da corporação estariam envolvidos no desaparecimento dos dois policiais militares. De acordo com o depoimento, o cabo César e o soldado Carlos Alberto teriam saído, sem uniforme da PM, em uma caminhonete L200 Triton preta, no dia 17 de novembro de 2016, para uma missão que tinha relação com as buscas por uma carreta.

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SEM SOLUÇÃO A pessoa que fez esta declaração prosseguiu dizendo que observou a caminhonete L200 passando bem devagar, “quase parando”, e aparentemente havia algo “estranho” dentro dela.
No entanto, não havia ordem judicial para a apreensão do veículo, sendo que, além dos dois militares, participaram desta operação um major, um tenente e os soldados Gladstone e Viana. Estes últimos, inclusive, estariam afastados de suas funções. O caminhão teria sido conduzido até o Povoado Limão Preto, no município de Buriticupu. A pessoa que fez esta declaração prosseguiu dizendo que observou a caminhonete L200 passando bem devagar, “quase parando”, e aparentemente havia algo “estranho” dentro dela. 

Pouco depois, um soldado falou para a testemunha – que teria fugido de Buriticupu para preservar sua vida – que dois policiais haviam sumido e que isso poderia gerar uma confusão, pedindo ao declarante que não comentasse o assunto com ninguém. 

SEGREDO DE JUSTIÇA

A delegada Nilmar da Gama Rocha, da Superintendência de Homicídios e Proteção a Pessoas (SHPP) e que investiga o sumiço dos PMs, ao ser indagada sobre o relatado acima, comentou apenas que o caso se encontra em “segredo de Justiça”.
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A delegada Nilmar da Gama Rocha, da Superintendência de Homicídios e Proteção a Pessoas (SHPP): ''segredo de Justiça''. 
Ainda de acordo com Nilmar da Gama, há novidades, sim, com relação ao desaparecimento, mas evitou entrar em detalhes, comentando apenas que na próxima semana a Polícia Civil irá fornecer respostas à imprensa e à sociedade sobre o desenrolar das investigações. 

O DESAPARECIMENTO

Os PMs teriam se encontrado em um posto de combustível da cidade de Buriticupu, e, de lá, o cabo deixou seu carro, um Corola prata, e adentrou juntamente com o outro em uma Triton L200, de propriedade do soldado Alberto. De lá, ambos saíram no veículo, em uma missão policial que não seria oficial. Testemunhas repassaram que avistaram a caminhonete no Assentamento Siquel, localizado na cidade de Arame. 

Depois, eles não foram mais vistos e seus familiares não tiveram mais notícias sobre seus paradeiros, o que só aumenta a aflição e preocupação dos parentes. De acordo com Markus Lima, os dois policiais não estavam fardados e são lotados na 14ª Companhia Independente de Buriticupu. Cabo César é natural de Imperatriz e o soldado Alberto nasceu em São Luís. 


AS INFORMAÇÕES SÃO DO REPÓRTER NELSON MELO, DO JP
EDIÇÃO DA AGÊNCIA BALUARTE  

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