quarta-feira, 25 de janeiro de 2017

Namorada nega relação sexual e é queimada viva pelo companheiro

Jovem de 18 anos tem 80% do corpo queimado por companheiro após se recusar a ter relação sexual com ele. Caso é mais um que se soma a outros milhares relacionados à violência doméstica e cultura do estupro.

Uma jovem de Vacaria, no interior do Rio Grande do Sul, foi atacada pelo namorado com gasolina e fogo, na madrugada do último domingo (22). Segundo a Polícia Civil, o motivo para o crime foi o fato de a jovem ter negado sexo ao agressor.

Conforme o delegado Flademir Paulino de Andrade, Michael de Andrade Ribas, de 28 anos, chegou à residência durante a madrugada após uma festa e quis manter relação sexual com a companheira.

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Jovem tem 80% do corpo queimado por companheiro em Vacaria.
Como a mulher teria se negado, ele jogou gasolina sobre o corpo dela e ateou fogo.
A garota de 18 anos está internada em estado grave, pois teve 80% do corpo queimado. A casa em que os dois moravam também foi tomada pelas chamas e está parcialmente destruída. O agressor está foragido.

Outras três pessoas, parentes de Michael, que residem na casa, prestaram socorro à jovem. Eles tentaram apagar o fogo com um banho de chuveiro. No entanto, o fogo se espalhou por outros cômodos.

O homem também teve parte do corpo queimado e dirigiu-se a uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA). Porém, ao desconfiar que a polícia já sabia do ocorrido, ele fugiu.
Segundo o delegado, Michael é foragido do sistema penitenciário. Ele cumpria pena no Instituto Penal de Passo Fundo, de onde foi liberado para procurar emprego e não voltou mais.

Michael possui antecedentes criminais por sete roubos, sete furtos e duas tentativas de homicídio. A Polícia Civil já pediu a prisão preventiva dele por tentativa de homicídio.
Violência doméstica

O crime em Vacaria impressiona pela barbárie, mas está longe de ser um caso isolado.
No final de 2015, dados do Mapa da Violência no Brasil mostraram que 55,3% das mulheres assassinadas no país são mortas dentro de casa e que em 33,2% das vezes o homicida é o parceiro ou ex-parceiro da vítima.


DO PRAGMATISMO, COM INFORMAÇÕES DE RBS E MDEMULHER
EDIÇÃO DA AGÊNCIA BALUARTE

Um comentário:

  1. Mais uma barbaridade que entrará para as estatísticas no Brasil. Infelizmente estamos assistindo a banalização da violência contra a mulher, nos últimos tempos essa situação tem tomado proporções absurdas. A impunidade é a mãe de todas as violências, e essa violência que vem tomando conta do nosso cotidiano, infelizmente. Não podemos mais ficar apenas assistindo a tudo isso, se faz necessária a execução de ações de enfrentamento e combate a este crime.

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