segunda-feira, 12 de dezembro de 2016

Ah o amor! Uma crônica sentimental 

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Por Nielsen Furtado
Ah o amor! Ah o amor! O amor que vive em nossos corações mesmo que inerte à ação dos acontecimentos externos. O amor que vive em nossos lábios e que sorrateiramente deixamos flutuar em palavras cheias de efeitos. Ah o amor! O amor que transforma que torna frágil e forte, egocêntrico e solidário...


Amor que faz com que o tempo seja eterno. O amor que faz um instante ser suficiente para marcar uma vida. Ah o amor! O que realmente é o amor? Particularmente não sei... Sei que produz sorrisos frouxos e tristezas doloridas... O amor e suas proposições, suas indagações, sua concepção, suas consequências... 


O amor! Tem um dia em que acordamos esperando aquele momento arrebatador. Aquele olhar que vem carregado de significados e sem dizer nada, faz com que compreendamos todo o seu enredo. Aquele momento em que o mundo para... Em que a vida diminui o ritmo para que o amor aconteça... Aquele momento em que realmente percebemos que viver vale à pena... 


Ah o amor! No coração ainda existem marcas do passado. Ainda existem dores mal curadas. A carapaça meticulosamente criada para protegê-lo ainda está firme igual rocha. Ainda não iremos deixar o coração sair aventureiro por uma nau desgovernada. Ainda existem barreiras. Uma certeza meu coração criou nesses anos: É sempre necessário deixarmos uma porta bem larga entreaberta, pois não sabemos a hora que iremos precisar partir. 


Ah o amor! Esse amor que ainda espero para arrebatar o meu coração indisciplinado, cabreiro e medroso.




Nielsen Furtado é jornalista

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