terça-feira, 20 de setembro de 2016
Poesia Sempre!
Leia o poema ‘Das Frásicas Esperanças’ da obra inédita Itinerário do Baixo-Forquilha-Noite, Putas e Poesia de autoria do poeta e jornalista maranhense Fernando Atallaia


Das Frásicas Esperanças


Enternecido pelo olhar de uma ausência morna, derretida

Caindo aos prantos/pratos tortos da primeira ceia torturada

Embebido pela dor alheia, convertida

Um peito furioso sobre a carne dúbia

Ilusão rastejante à lua nova?

Emoção pulsante ao mundo antigo


Resultado de imagem para PROSTITUTAS NA ESTRADA
'Ilusão rastejante à lua nova?

Emoção pulsante ao mundo antigo'
Uma dama ancorada em paióis afundados e restos de garrafas 
Mancebos murmurando falta, regozijos e ácidas faíscas

Ela sacudia como os mares tristes quando beijam as praias, desolados 

Uma revolução silenciosa feita de enzimas aos pés nus de antigamente

O dia hoje está tão chato, diz ela 

É verdade, responde ele

Qual a sua idade além da eternidade deste sol aborrecido?

Uma gaivota pousando sobre o pensamento iluminado

A vida não mais que uma lacuna?

Ousada, ela prefere as últimas lambidas das  bocas sórdidas de esquina


'Uma gaivota pousando sobre o pensamento iluminado'
Mais semântica que linguagem
Mais sintaxe que palavras

Mais fonética que as frásicas esperanças do futuro

O mundo é o pular muros e nada mais que a cara batida às paredes.


Fernando Atallaia, São José de Ribamar, Agosto de 2001

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