sexta-feira, 26 de agosto de 2016
A ODE
TRISTE PARA AMORES INACABADOS,
Nestes dias conturbados da
contemporaneidade, eis que surgem poetas das mais variadas estirpes a enredar palavras em busca do
desvelamento do mundo humano de forma liricamente inusitada e inabitual. Eles,
nós, os poetas, buscamos, como bem declara Fernando Atallaia no seu poema Dependências, que ela, a Poesia, [...] Cavalga
versos sem alaridos e expurga jantares/ Das feiras do pensamento aos bancos de
praças sempre vazios/ Toda poesia tem seu silêncio [...] E ainda enuncia que a Poesia: [...] Aposta na febre da palavra ainda
morta e vicia pelos tragos de agonia.
Vicia sim, Atallaia! Sou testemunha viva disso e me alegro em ver tantas vozes, entre elas a sua, a fazer Odes... e a sua, além de ser triste é dedicada aos amores inacabados que são tantos... ao longo das histórias de amor da humanidade... desde os primórdios e, dentre alguns, me encanta o trágico amor entre o cavaleiro Tristão, originário da Cornualha, e a princesa irlandesa Isolda... Este se soma a tantos outros, como Romeu e Julieta ou ainda um pouco mais próximo a nós, o de Inês de Castro e do Infante D. Pedro. E muito me enternece o desfecho trágico da história de amor de Épica (Filha) e Gastão, do romance Gupeva, de Maria Firmina dos Reis.
Ainda falando de amor, não se pode deixar de afirmar que o amor é o mais democrático dos sentimentos e, em seus Amores à parte, Atallaia proclama: [...] eu também amei. [...] Amei com todos os nós... e ainda descreve liricamente como amou: Amei com a tempestade à garganta/ com o grito preso aos lençóis[...] E ainda louvando o amor não deixa de lembrar a complexa relação tríade entre o amor - o desejo - a liberdade, e sem qualquer pudor ou culpa verseja: [...] Amores à parte eu amei negando a ânsia do desejo a negar a liberdade [...] Ainda coloca no seu Cafajeste em Quatro Tempos que acredita no perdão e enaltece a força do amor na sua relação díade com o perdão, marcantemente quando descreve um viés da sua alma: [...] Minha alma disposta ainda pula muros. [... ] mas, se referindo à força do perdão ainda argumenta: [...] Acredito no amor que serei perdoado. [...]. Ainda me reportando ao romance Gupeva, de Maria Firmina dos Reis, ele traz um belo exemplo de perdão quando Gupeva toma para si a reponsabilidade de educação de Épica (filha), mesmo sabendo que não é sua filha biológica e com isso aceita a gravidez de Épica (mãe).
Atallaia também direciona o seu lirismo para a saudade, sentimento para o humano, ambivalente, quando exprime dor pela ausência, e, por outro lado, apenas de experiências prazerosas. Registre-se apenas - tão somente - do que deu prazer e por isso, sabiamente, Atallaia enaltece em sua verve poética a saudade, e a ela se refere como: Gloriosa saudade emprenha espelhos e perturba linhas da imaginação no pensamento [...] Quando um menino pegava os calaguinhos para andar nas costas feito dragões. [...] Por isso eles eram felizes muito felizes [...]Saudade! Quanta saudade nesses versos!!! Saudade de dias felizes!!!
Nesta minha breve fala, não posso deixar de louvar a verdade do artista que leva a sua obra ao público, sem medo de refutações, mas esperando os aplausos necessários para continuar produzindo e produzindo cada vez melhor. Precisamos dotar o nosso coletivo de maiores e melhores condições facilitadoras à produção, seja ela no campo artístico, seja no filosófico ou científico, para que a nossa sociedade "emergente" em sua totalidade possa usufruir de mais conhecimentos e, de posse deles, reelaborá-los, e assim promover avanços cada vez mais expressivos. Sabe-se que esse privilégio se restringe mais às nações mais avançadas científica e tecnologicamente. Portanto, é urgente no cenário mundial a participação mais consistente de toda a América Latina e, nela, a do Brasil com a do nosso Maranhão e com a da nossa São Luís!
Isso posto, quero declarar o meu regozijo em ver a obra de um artista múltiplo que transita por várias vertentes das artes.
Parabéns, Fernando Atallaia! Que o mundo receba de braços abertos esta sua ODE TRISTE PARA AMORES INACABADOS. Um dos maiores lançamentos do ano.
DE
FERNANDO ATALLAIA
POR DILERCY ADLER
Vicia sim, Atallaia! Sou testemunha viva disso e me alegro em ver tantas vozes, entre elas a sua, a fazer Odes... e a sua, além de ser triste é dedicada aos amores inacabados que são tantos... ao longo das histórias de amor da humanidade... desde os primórdios e, dentre alguns, me encanta o trágico amor entre o cavaleiro Tristão, originário da Cornualha, e a princesa irlandesa Isolda... Este se soma a tantos outros, como Romeu e Julieta ou ainda um pouco mais próximo a nós, o de Inês de Castro e do Infante D. Pedro. E muito me enternece o desfecho trágico da história de amor de Épica (Filha) e Gastão, do romance Gupeva, de Maria Firmina dos Reis.
Ainda falando de amor, não se pode deixar de afirmar que o amor é o mais democrático dos sentimentos e, em seus Amores à parte, Atallaia proclama: [...] eu também amei. [...] Amei com todos os nós... e ainda descreve liricamente como amou: Amei com a tempestade à garganta/ com o grito preso aos lençóis[...] E ainda louvando o amor não deixa de lembrar a complexa relação tríade entre o amor - o desejo - a liberdade, e sem qualquer pudor ou culpa verseja: [...] Amores à parte eu amei negando a ânsia do desejo a negar a liberdade [...] Ainda coloca no seu Cafajeste em Quatro Tempos que acredita no perdão e enaltece a força do amor na sua relação díade com o perdão, marcantemente quando descreve um viés da sua alma: [...] Minha alma disposta ainda pula muros. [... ] mas, se referindo à força do perdão ainda argumenta: [...] Acredito no amor que serei perdoado. [...]. Ainda me reportando ao romance Gupeva, de Maria Firmina dos Reis, ele traz um belo exemplo de perdão quando Gupeva toma para si a reponsabilidade de educação de Épica (filha), mesmo sabendo que não é sua filha biológica e com isso aceita a gravidez de Épica (mãe).
Atallaia também direciona o seu lirismo para a saudade, sentimento para o humano, ambivalente, quando exprime dor pela ausência, e, por outro lado, apenas de experiências prazerosas. Registre-se apenas - tão somente - do que deu prazer e por isso, sabiamente, Atallaia enaltece em sua verve poética a saudade, e a ela se refere como: Gloriosa saudade emprenha espelhos e perturba linhas da imaginação no pensamento [...] Quando um menino pegava os calaguinhos para andar nas costas feito dragões. [...] Por isso eles eram felizes muito felizes [...]Saudade! Quanta saudade nesses versos!!! Saudade de dias felizes!!!
Nesta minha breve fala, não posso deixar de louvar a verdade do artista que leva a sua obra ao público, sem medo de refutações, mas esperando os aplausos necessários para continuar produzindo e produzindo cada vez melhor. Precisamos dotar o nosso coletivo de maiores e melhores condições facilitadoras à produção, seja ela no campo artístico, seja no filosófico ou científico, para que a nossa sociedade "emergente" em sua totalidade possa usufruir de mais conhecimentos e, de posse deles, reelaborá-los, e assim promover avanços cada vez mais expressivos. Sabe-se que esse privilégio se restringe mais às nações mais avançadas científica e tecnologicamente. Portanto, é urgente no cenário mundial a participação mais consistente de toda a América Latina e, nela, a do Brasil com a do nosso Maranhão e com a da nossa São Luís!
Isso posto, quero declarar o meu regozijo em ver a obra de um artista múltiplo que transita por várias vertentes das artes.
Parabéns, Fernando Atallaia! Que o mundo receba de braços abertos esta sua ODE TRISTE PARA AMORES INACABADOS. Um dos maiores lançamentos do ano.
Dilercy Aragão Adler é doutora em Ciências Pedagógicas - Cuba (revalidação na UnB-Brasilia); Mestre em Educação pela Universidade Federal do Maranhão-UFMA; Especialista em Metodologia da Pesquisa em Psicologia e Especialista em Sociologia pela Universidade Federal do Maranhão-UFMA.
MEMBRO do Banco de Avaliadores do Sinaes - BASIS/INEP/MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO-GOVERNO FEDERAL, Presidente da Academia Ludovicense de Letras – ALL, é também presidente da Sociedade de Cultura Latina do Brasil - SCLB E Membro do Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão- IHGM.
PSICÓLOGA E ESCRITORA, PERTENCE à GERAÇÃO 70 DA LITERATURA DO MARANHÃO.
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muito bom o aprofundamento da análise crítica dessa tua maravilhosa e encantadora obra poética. Simbora, mano!
ResponderExcluirFernando Atallaia, sou sua fã!
ResponderExcluirAtallaia, vejo a cada crítica, que não.me enganei a seu respeito. És um verdadeiro representante da poesia maranhense em seu mais alto estilo. Parabéns meu amigo!
ResponderExcluirO Fernando Atallaia como sempre transmite amor e saudade em tudo que escreve,envolvendo o passado e presente juntos.É por isso que o chamo de poeta lindo.
ResponderExcluirYaci Fontoura-Barreirinhas
AMIGO FERNANDO ATALLAIA... SEMPRE, DESDE O INÍCIO EM QUE TE CONHECI, SÓ PUDE TECER COMENTÁRIOS DE MAGNITUDE, PORQUE FIZESTES POR MERECER... À CADA NOVO TRABALHO, ME ENCANTO MAIS E MAIS... ÉS, POR EXCELÊNCIA, UM DOS MAIS REPRESENTANTES DA POESIA MARANHENSE, COM UM ESTILO PRÓPRIO E ÍMPAR... SINGULAR!!! PARABÉNS, FERNANDO ATALLAIA... BEIJO EM TEU CORAÇÃO!!!...
ResponderExcluirParabéns, é o reconhecimento do trabalho poético desse autor.
ResponderExcluirQue linda e aguçada crítica literária! Parabéns, Dilercy Adler, mas também ao Fernando Atallaia pela belíssima Ode.
ExcluirVanda Lúcia da Costa Salles
A Poesia única dele....O engajamento cultural dele(ímpar) em prol da cultura do nosso Estado, sua profundidade na forma de escrever, sua Educação e Gentileza e sua beleza no Canto e na Voz fazem dele(Fernando Atallaia) um dos maiores do Maranhão. Eu sempre disse isso e assino embaixo. BEIJOS SEU LINDO!!!!
ResponderExcluirDenise Rego-UFMA
Fernando Atallaia é aquele poeta que fala o que meu peito sente! A melhor poesia do mundo é aquela que você sente que deveria ter escrito. E Fernando faz isso muito bem! Sinto-me dentro da sua poesia!
ResponderExcluirFernando Atallaia é aquele poeta que fala o que meu peito sente! A melhor poesia do mundo é aquela que você sente que deveria ter escrito. E Fernando faz isso muito bem! Sinto-me dentro da sua poesia!
ResponderExcluirFernando Atallaia é aquele poeta que fala o que meu peito sente! A melhor poesia do mundo é aquela que você sente que deveria ter escrito. E Fernando faz isso muito bem! Sinto-me dentro da sua poesia!
ResponderExcluirResumo da ópera! Ele é bom em tudo que faz, poesia, música e o jornalismo. Um grande mestre DA NOSSA TERRA e o melhor é nosso é MARANHENSEEE hahahahhahaha
ResponderExcluirBeijos Fernando
É a Sara, tua fã
Parabéns pelo seu talento querido Fernando!!!!
ResponderExcluirGente muito fina esse cara , ele apoia e ajuda a galera da nova geração de peito aberto é um grande incentivador da cultura maranhense...
ResponderExcluirParabéns mano, também sou teu fã...
Leo , músico
concordo plenamente com o que afirma Dilercy Adler.... Fernando Atalaia é um dos maiores nomes da atual poesia maranhense, se não for o maior..... ele simplesmente é brilhante.
ResponderExcluirQUERIDO AMIGO FERNANDO ATALLAIA.
ResponderExcluirTU ÉS UM PROFISSIONAL DE GRANDE VALOR E TALENTO QUE MERECE TODO BRILHO DA VIDA PELO SEU ESFORÇO E CORAGEM.
A CAMINHADA É SEMPRE NECESSÁRIA PARA QUELES QUE DESEJAM ALÇAR NOVOS VÔOS.ISTO PORQUE A VIDA É UMA CONSTANTE DE LUTAS BUSCA E ENCONTROS.
SE PROCURAMOS ATINGIR O QUE SE ENCONTRA,ALÉM DE NOSSAS LIMITAÇÕES,POR CERTO HA DE SURGIR EM NÓS A PAZ,INSTRUMENTO NECESSÁRIO PARA NOS COMUNGAR COM DEUS.
SEMPRE TE ACHEI UM GRANDE REPRESENTANTE DA POESIA MARANHENSE.UM PROFISSIONAL GABARITADO EM TUDO QUE FAZ, MERECE APLAUSOS....!
NA VERDADE VOCÊ POSSUI TANTAS QUALIDADES,QUE NO MOMENTO NÃO EXITE PALAVRAS PARA EXPRESSAR A REALIDADE DOS MEUS SENTIMENTOS..
PARABÉNS QUERIDO AMIGO.
PS:DESCULPA GOSTARIA DE EXPRESSAR BEM MAIS.ESTOU NA LUTA ENVOLVIDO NA MINHA CAMPANHA PARA VEREADOR.
Pouco poderia adicionar às palavras de Dilercy Adler, que pelo seu conhecimento e conceito que a levaram a presidir a Academia e pela análise mais aprofundada feita à obra de Fernando Atalaia já disse tudo o que eu poderia dizer. Somente acrescento que tenho tido o prazer de conhecer não apenas a poesia como também a música de Fernando, e que me encanta o estilo contundente de que sua obra se reveste. Parabéns, Fernando. Um amplo horizonte se abre à sua frente no campo das artes.
ResponderExcluirAugusto Pellegrini Filho
Parabéns meu amigo Fernando Atallaia!
ResponderExcluirParabéns Fernando. Você tem um ótimo talento. Siga em frente!
ResponderExcluirFernando Atalaia gostosooooooooooooooooooooooo gatuuuuuuuuuuuuuuuu eainda poeta lindoooooooooooooo adoroooooooo
ResponderExcluirbeijos fernandoooooooo gostosoooooooooooooo
Kiahara diretamente de ribacity te adorooooooooooooooo Fernandooooooooo
Muito boa a análise feita por Dilercy,e realmente uma grande obra
ResponderExcluirFernando Atallaia- FODAÇO!!!
ResponderExcluirBruno( Ufma)
Fernando é um grande intelectual o mesmo domina todas as áreas do conhecimento! Parabéns, Atalaia vc é sem palavras!
ResponderExcluirSandro o amigo do Cohabiano