terça-feira, 23 de agosto de 2016
Conferência sobre as Secas na África alerta para os impactos do clima no continente
O mundo perde 12 milhões de hectares de terras férteis por ano, o que
equivale a 33.000 hectares por dia, indica um estudo publicado pela
agência de notícias IPS. A pesquisa indica que a superfície terrestre em
condições de seca passou de 10 para 15 % em 1970 e para mais do 30% nos
anos 2000. O fenômeno que continua aumentando, afeta principalmente o
continente africano. Segundo a Convenção das Nações Unidas para a Luta
contra a Desertificação (UNCCD), dois terços das terras africanas são
terras áridas ou desérticas.
Para refletir e avançar nas políticas e fazer frente ao problema,
entre os dias 15 e 19 de agosto foi organizada a Conferência sobre as
Secas na África, na Namíbia, organizada pela UNCCD e o governo do
país anfitrião.
Daniel Tsegai, membro da UNCCD, manifestou durante a Conferência que “as secas são cada vez mais graves, mais frequentes, têm maior duração e são mais expansivas”. Segundo ele, há quatro aspetos que atingem no fenômeno: o meteorológico (clima), o hidrológico (aguas superficiais), o agriculto (cultivo) e o socioeconômico ( as consequências para os seres humanos).
Resiliência
O evento teve como objetivo promover a “resiliência à seca”. “A resiliência se define como a capacidade de um país de sobreviver às secas consecutivas e ser capaz de se recuperar”, explicou Tsegai.
Segundo ele, os principais obstáculos para alcançar esta resiliência na África são a falta de uma base adequada de dados que inclua o clima, os recursos hídricos, a humidade do solo e o registro das secas passadas. Há também uma falta de cooperação entre os diversos setores e atores relevantes do país, ou da região, o que diminui a capacidade de aplicar medidas de redução de risco de secas.
“A seca já não é um problema isolado (…), é um risco constante”, afirma Tsegai. Para ele, os países devem avaliar a vulnerabilidade dos territórios e realizar perfis de risco (quem, onde, quando e como serão atingidos). Devem também implantar um sistema de controle e alerta das temperaturas e propor ações coordenadas, baseada na gestão dos riscos. A partir daí, será possível desenvolver um sistema de irrigação sustentável para os cultivos e o gado, além de aferir o abastecimento de água.
Durante o evento foi lançada a Declaração de Windhoek, com o objetivo de estabelecer linhas comuns para o continente africano e estimular o desenvolvimento de políticas integradas destinadas à construção de uma sociedade mais resiliente à seca, baseado no uso sustentável dos recursos naturais. Na declaração continental, se aprovou o Marco Estratégico para a Gestão do Risco da Seca e a Resiliência, um guia de ações para gerir, monitorar, avaliar, mitigar e reduzir os riscos da seca.
Leia na íntegra a Declaração de Windhoek.
AS INFORMAÇÕES SÃO DO JORNAL BDF
EDIÇÃO DE JOSÉ EDUARDO BERNARDES
Entre os dias 15 e 19 de agosto, na Namíbia, representantes de países africanos estipularam estratégias coordenadas
Estudos indicam que superfícies terrestres em condições de seca passaram de 30% nos anos 2000. |
Daniel Tsegai, membro da UNCCD, manifestou durante a Conferência que “as secas são cada vez mais graves, mais frequentes, têm maior duração e são mais expansivas”. Segundo ele, há quatro aspetos que atingem no fenômeno: o meteorológico (clima), o hidrológico (aguas superficiais), o agriculto (cultivo) e o socioeconômico ( as consequências para os seres humanos).
Resiliência
O evento teve como objetivo promover a “resiliência à seca”. “A resiliência se define como a capacidade de um país de sobreviver às secas consecutivas e ser capaz de se recuperar”, explicou Tsegai.
Segundo ele, os principais obstáculos para alcançar esta resiliência na África são a falta de uma base adequada de dados que inclua o clima, os recursos hídricos, a humidade do solo e o registro das secas passadas. Há também uma falta de cooperação entre os diversos setores e atores relevantes do país, ou da região, o que diminui a capacidade de aplicar medidas de redução de risco de secas.
“A seca já não é um problema isolado (…), é um risco constante”, afirma Tsegai. Para ele, os países devem avaliar a vulnerabilidade dos territórios e realizar perfis de risco (quem, onde, quando e como serão atingidos). Devem também implantar um sistema de controle e alerta das temperaturas e propor ações coordenadas, baseada na gestão dos riscos. A partir daí, será possível desenvolver um sistema de irrigação sustentável para os cultivos e o gado, além de aferir o abastecimento de água.
Durante o evento foi lançada a Declaração de Windhoek, com o objetivo de estabelecer linhas comuns para o continente africano e estimular o desenvolvimento de políticas integradas destinadas à construção de uma sociedade mais resiliente à seca, baseado no uso sustentável dos recursos naturais. Na declaração continental, se aprovou o Marco Estratégico para a Gestão do Risco da Seca e a Resiliência, um guia de ações para gerir, monitorar, avaliar, mitigar e reduzir os riscos da seca.
Leia na íntegra a Declaração de Windhoek.
AS INFORMAÇÕES SÃO DO JORNAL BDF
EDIÇÃO DE JOSÉ EDUARDO BERNARDES
Assinar:
Postar comentários
(Atom)
Postagens mais visitadas
-
A nudez despudorada POR FERNANDO ATALLAIA DIRETO DA REDA ÇÃ O Um grupo de mulheres vem tirando a roupa nas noites de São Luís ...
-
Profissional da Segurança esteve na linha de frente do diálogo que levou categoria a novas isenções pela Gestão municipal POR FERNANDO ATALL...
-
Pleiteando uma das vagas no Legislativo ludovicense, médico pioneiro na concepção, implementação e difusão de projetos voltados à saúde ment...
-
Candidata a vereadora pelo PL, enfermeira apoia o médico Dr. Julinho à reeleição e nas recentes enquetes realizadas pelos ribamarenses nas r...
-
Daqui a 21 meses os maranhenses dos 217 municípios do Maranhão voltam às urnas para eleger deputado estadual, deputado federal, senadores e ...
-
O médico Ruy Palhano, candidato a vereador com o número 30 001, conclamou a população ludovicense a se unir à sua campanha para a construção...
-
LEIA TAMBÉM: https://www.agenciadenoticiasbaluarte.com.br/2024/09/mpm-em-luto-morre-aos-47-anos-o-cantor.html
-
Enfermeira reage e diz que agora mesmo é que vai incomodar as barangas Blog do Luís Ao contrário do que muitos imaginavam, a enferme...
-
Cidade devassada pelo descaso enxerga no projeto político do empresário oportunidade de sair em definitivo do limbo do abandono a partir des...
-
Candidato a vereador pelo Progressistas, jornalista é figura central da alternância nesta eleição POR FERNANDO ATALLAIA EDITOR DE ELEIÇÕES D...
Pesquisar em ANB
Nº de visitas
Central de Atendimento
FAÇA PARTE DA EQUIPE DA AGÊNCIA DE NOTÍCIAS BALUARTE
Denúncias, Sugestões, Pautas e Reclamações: agencia.baluarte@hotmail.com
atallaia.baluarte@hotmail.com
Sua participação é imprescindível!
Denúncias, Sugestões, Pautas e Reclamações: agencia.baluarte@hotmail.com
atallaia.baluarte@hotmail.com
Sua participação é imprescindível!
Nossos Seguidores
Parceiros ANB
-
-
Chuva causa graves estragos no MaiobãoHá uma hora
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
0 comentários:
Postar um comentário