segunda-feira, 5 de outubro de 2015
Valquíria Santana é conhecida por ser uma entusiasta da Música do Maranhão. Ela foi vitima da truculência da atual gestão do Teatro.

POR FERNANDO ATALLAIA
DIRETO DA REDAÇÃO

Que o Teatro Arthur Azevedo sempre serviu como vassalo aos artistas do eixo Rio-São Paulo, fazendo, inclusive, às vezes do cicerone oficial a outros estados, disso todo mundo sabe.

Agora que a truculência, o mandonismo, o ultraje e a humilhação haviam se instalado por lá, ainda era novidade. Até a jornalista maranhense Valquíria Santana-uma entusiasta e apoiadora da Musicalidade  do Maranhão-, ter sido expulsa das dependências da Casa, recentemente.

A jornalista maranhense Valquíria Santana foi expulsa do Teatro Arthur Azevedo 

A Agência Baluarte, Valquíria enviou um desabafo contundente sobre o fato. Discrição lamentável que o Blog faz questão de reproduzir na íntegra. Veja:  

Quem me conhece sabe o quanto gosto de música e demais manifestações culturais. Como jornalista (há mais de 20 anos), com passagem por editorias de cultura de jornais locais, diversos cursos de gestão cultural, inclusive pelo MINC, sabe que divulgo nossa arte e cultura e hoje faço isso também na minha página no facebook. 

Esta semana fui assistir a um show no Teatro Arthur Azevedo, convidada pelo meu marido Luiz Júnior Violonista, integrante da banda que tocou no teatro. Para minha surpresa, fui expulsa pela direção da casa (por meio de sua recepcionista) da área próxima aos camarins, instantes depois de chegar ao local e ter entrado sem qualquer impedimento, uma vez que estava acompanhada do meu marido. 

Uma recepcionista me "convidou educadamente" a sair do local, alegando que por normas da casa "mulher de músico" (veja como o teatro vê os músicos de São Luís: uns nadinha) não pode entrar pela lateral do teatro, mesmo como convidada de quem vai participar do show. Obedeci prontamente a "ordem" e quando já chegava à porta de saída fui constrangida mais uma vez - e agora na frente de várias pessoas que ali estavam - pela mesma recepcionista que cheia de "poderes de direção do teatro" disse em alto tom e de forma humilhante que eu não deveria estar ali e que eu nem deveria ter entrado, ordenando-me novamente a sair (desnecessária essa execração pública até porque eu já estava me retirando sem qualquer discussão). 

As demais recepcionistas a acompanharam sorrindo(um exemplo contrário de como deve ser o atendimento em um órgão público como é o caso do nosso teatro Arthur Azevedo, que, como determinam os princípios do bom atendimento no serviço público, as pessoas devem ser tratadas com urbanidade e presteza).

Sem mais delongas, deixo aqui meu protesto contra a forma com a direção do teatro, dirigido pelo produtor cultural e jornalista Américo Azevedo Neto, trata as pessoas que vão àquela casa de espetáculo, seja na condição de plateia, de artista ou de convidado; seja na condição de um profissional jornalista, que é um formador de opinião. 

Não sei qual a orientação que é repassada pela direção da casa aos seus funcionários, também não sei a forma como as recepcionistas (um cartão postal do teatro; pessoas com quem o público tem o primeiro contato ao chegar ao local) são selecionadas e qualificadas para esse serviço. 
Aprendi com meus pais, na minha formação escolar e acadêmica, que a boa educação manda que se deve tratar a todos com respeito e dignidade. Assim o faço, na minha profissão e na minha vida particular. E assim continuarei fazendo. 

Como maranhense, jornalista e cidadã, sinto vergonha do despreparo das pessoas que são colocadas em cargos ou postos de trabalho de órgãos ou locais como teatros e outros espaços que deveriam (além de ser um espaço coletivo de produção de cultura e de sua difusão) ser uma vitrine de como deve ser o bom atendimento às pessoas e um modelo de gestão pública. 

Desejo imensamente que nossa cidade cresça e elimine definitivamente essa prática ultrapassada de que "o cargo, a direção, o órgão público me pertencem, eu mando aqui, e o dirijo da forma que eu quiser". Desapeguem, por favor! Entendam que o cliente do serviço público é o cidadão, que paga seus impostos, os salários dos servidores públicos, dos gestores. Deixem dessa visão pequena de "vassalos e suseranos".

Valquíria Santana, Jornalista 

10 comentários:

  1. Fernando Bicuco voltou?

    Xerxes, Cacem , salario atrasado

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  2. Quero aqui manifestar meu repúdio à administração do Teatro e minha solidariedade à Valquíria Santana.

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  3. A CULTURA PARECE NAO TER SORTE NESTE ESTADO DE SATRAPA E BANDIDO, SAIU A ESTER MARQUES ENTROU O CRUSTACEO CEGO FELIPE E ANTES ERA A TURMA DO BOCAO ABERTA , SEU BULCAO BRANDAO GODAO SIMAO QUE DESTRUIRAM TUDO E FLAVIO APADRINHOU ALOJANDO NA ESCOLINHA DO REVIVER ESCOLA BOA DA SARNEYZADA ESSA SECRETARIA-SAIU O BICO E ENTROU OUTRO BICUDO DE MARÉ DAS BOA, O FULANO NÃO CUIDAVA NEM DA CAZUMBA MANDAVA PONTAPÉ EM DANÇARINO DO PORTINHO QUE FURAVA BUNDA, EITA MARANHAO BOM DA PORRAAAAAA O ARTHUR GLOBAL
    MANIVELA DA JOAO LISBOA

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  4. Simples: processe o Teatro e a Direção, tem o meu apoio
    Sandro Lima

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  5. Querido é tão fácil de compreender: ora a colega jornalista não é esposa de musico baiano, se fosse era valorizada... Cris

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  6. SE AMERICO TRATAVA NO CHICOTE OS BAILARINOS DO CAZUMBÁ DANDO UMA MIGALHINHA POR APRESENTAÇÃO E GRITANDO EM CIMA DA GENTE , ELE VAI RESPEITAR MULHER DE MUSICO, TEM CADA UMA/ACORDA MEU POVO, AMERCIO AZEVEDO SEMPRE FOI SARNEY
    RICARDINHO DO TAMBOR DA FLORESTA , AGORA DIZ QUE EU TO MENTINDO AMERICO

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  7. Cara colega de profissão Valquíria Santana, e esposa do meu amigo de Colégio Luiz Junior Violonista, é com muito pesar que lamento essa falta de ética profissional e falta de respeito. A direção do TAA, deveria contratar pessoas capacitadas a recepcionar corretamente aos músicos Maranhenses, à família dos músicos e às pessoas que ali frequentam.

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  8. Gente e ele se faz um de educado...nunca pensei que fosse mais um ditador!!!

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  9. Faz um bom tempo que não visito o centro histórico, faz um bom tempo mesmo. Se eu bem me lembro, eu tive o afã e a coragem de conversar com uma responsável desse teatro a respeito de como iríamos produzir uma peça minha que eu tinha o desejo em vê-la exposta, naquele eu não levei adiante este meu sonho, mas como estou escrevendo muito, e inclusive várias peças de teatros, que só falta quem a produze, então fica eu dizendo que esse teatro é um dos mais expressivos teatros que já vimos no Maranhão.

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  10. Esse é o retrato do atendimento público brasileiro que me deixa indignado.Se fizeram isso com uma profissional o que não fariam com um menos favorecido? Se fosse aqui em Manaus era processo na certa.

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