sexta-feira, 8 de maio de 2015
Maranhense ainda não viu diferença entre Flávio e Roseana. Ambos estão cada vez mais próximos e parecidos. Se é que já não eram. Eram?

POR FERNANDO ATALLAIA
EDITOR DA AGÊNCIA BALUARTE

Mais é que é quase impossível não associar as declarações do governador Flávio Dino acerca da onda de criminalidade que vem devassando o estado e, em especial a Grande São Luís onde os ecos são ainda mais vorazes, à inexperiência ou sapiência de que mudando o foco do problema o governo Dinista terá um pouco mais de tempo para organizar-se. É esta sensação que passa Chefe e auxiliares ao se apoiarem nos apelativos de certa ‘herança maldita deixada’ ou nos ''poucos dias que temos'' no comando do estado.
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ESBARRANDO NAS PRÓPRIAS PERNAS Flávio foi eleito sob a aura do herói; discurso inconsistente, inércia e ausência de ações acertadas já o fizeram cair na vala comum 
Essas desculpas esfarrapadas demonstram que a trupe comunista bateu de frente em choque frontal com o próprio discurso. Ou na melhor das hipóteses foge pela tangente para negar a condição vulnerável em que se encontra. Exemplo reinante, as falas do governador denunciam a distância entre a atroz realidade vivenciada na ilha (homicídios diários em praça pública) e a campanha eleitoral que já é passado. Flávio insiste entre as centenas de assassinados nos últimos meses (que, a bem da verdade, são mutilados sociais de uma cena de exclusão onde tanto a Prefeitura de São Luís quanto o seu Governo não oferecem politicas públicas de inserção) num ‘maranhão de todos nós’ que desde a sua instauração só contemplou a própria aldeia de conhecidos caciques (hoje aliados do governador), apadrinhados dos mesmos e agora os novos em formação.

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A ex-governadora e corrupta Roseana: ela ainda cederá por muito tempo a logistica de sua antiga gestão aos governos do Maranhão; assim como ela, Dino e secretários abusaram e abusam do sistema de ''amizadezinhas''. 
Mas as relações prostituídas e prostituidoras de Flávio Dino, repletas dos mesmos traquejos sarneysistas da politicalha, em tese não ofereceriam tantos riscos à governabilidade se a vontade politica de mudar os rumos do estado para a real dimensão de sua potencialidade fosse a prioridade do comunista. O governador vem mostrando que não é bem assim. Repare no noticiário local: farta percentagem do material noticioso veiculado pela cadeia comunicacional do Governo (imprensa oficial e cooptados de última hora) dá conta de que a preocupação do grupo palaciano é com a conjuntura politico-eleitoral para o ano que vem quase 24h por dia.

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Jeferson Portela, secretário de Segurança do estado, é outro titular de Pasta de Flávio que crer de 'pés juntos' está desenvolvendo um bom trabalho; desde quando ele assumiu mais de 400 maranhenses já foram assassinados 
São secretários de Flávio focados nas eleições de 2016 quando pretendem concorrer às Prefeituras do interior. São ‘reuniões protocolares’ e visitas que na prática não dão em nada (leia-se nada que beneficie a população). São anúncios de propostas disso e daquilo e encontros, muitos encontros entre políticos governando e aspirantes a cargos públicos. As nomeações do Governo seguem o mesmo compasso. O próprio Chefe também coaduna da conduta. Flávio é visto com frequência nas presenciais das alianças (cooptações) político-partidárias. Até aí, tudo bem. Nada de errado. Se não fosse, é claro, o desnível da atuação do Governo que, eleito para governar, mais faz ‘politica’ que governa.

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APRENDENDO COM O CHEFE O subsecretário Marco Aurélio mostra desprezo e 'brinca' com morte de estudante em montagem eletrônica; minutos depois, assim como o próprio governador rotineiramente faz, ele solta uma frase-pronta para autojustificar-se: ''estava exercendo minha cidadania''. 

É cultural? De fato a política do Maranhão guarda mesmo esse ranço de oligarquismo que se vê refletido nas relações de ''amizadezinhas'' que favorecem e são favorecidas. Veja o quadro da Assembleia Legislativa onde a grande maioria dos ocupantes pertence ao grupo politico ora dominante, sem levar em conta a competência para o exercício das funções (salvo raras e ralas exceções). E é justamente aí que se faz necessário o fatídico discurso anti-Sarney, assim como aos Sarneys importava o anticomunismo. Essa condição ideológica é que dá vida, sobrevida e mantem a sobrevivência dos esquemas destes e daqueles. Há de se fazer um louvor a Flávio Dino e secretários nesse particular. Governador e auxiliares usam e abusam das saídas semânticas. Uma forma de se sentirem confortáveis e autojustificados pela lógica de um raciocínio que os encoberta. Recentemente, um exemplo: o subsecretário de Comunicação, Marco Aurélio entregou a falta de compromisso com os maranhenses e o visível despreparo para exercer o cargo (dentre outras desatribuições) ao ''brincar'' com a morte do estudante  Rondinely Ferreira da Costa, de 18 anos, que foi baleado durante um assalto dentro de um ônibus no bairro da Cohab, em São Luís. Logo e prontamente, Aurélio reagiu: ''Estou exercendo minha cidadania''. Mas é Flávio( o chefe de Marco) que não esconde a ninguém ser um mestre dos trocadilhos, das frases-feitas-prontas, arrumadinhas, de impacto; um asceta da verborragia na demasiada intenção de pulverizar os discursos levando o ''curral'' a crer que a realidade, ainda que concreta, perceptível e sufocante, é apenas uma ilusão de óptica. Governos que trabalham nessa estratégia são perigosos. Atuando no campo do inverossímil, as falácias tendem a cair. E agora não são mais quatro décadas de Sarneys contra quatro meses de Flávio Dino. São as mesmas mentalidades no mesmo lugar. 
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Familiares de Rondinely Ferreira da Costa tiveram que no dia do anúncio da morte do estudante conviver com o desdem do subsecretário do governador; o auxiliar de Dino mostrou como o Governo do Estado vem vendo a crise na Segurança:'tô nem aí' 

O problema do Maranhão é conceitual, com já afirmava este editor em 1998. Mudam-se as figuras, mas as mesmas práticas permanecem. Ou pelo menos, as justificativas para as contemplações pessoais renovam-se. Ganham outra cara para alentar a permissividade. Exemplo ululante, foi o show de nomeações iniciais promovido pelo governo de Dino onde  namoradas, amantes, amigos, parentes e vizinhos foram os favorecidos de Flávio através de seus secretários. Ou vice-versa. Ou seja, o mesmo que fez a ex-governadora corrupta Roseana continua a ser feito no Governo atual. O mesmo que, possivelmente, faria Lobão Filho se fosse hoje o governador. Um governo que se quer igualitário e justo nunca concentrará poder descomunal nas mãos de poucos em detrimento de muitos. Este governo, assim como os anteriores, não é justo. Mas mais que isso, é inerte, despreparado e está desorientado pelas bandeiras sociais que levantou, defendeu e agora nega. Secretarias como Juventude, Ciência e Tecnologia, a controversa Transparência e Controle, a inoperante Direitos Humanos e a obscura Secma  funcionam só no papel, sugando dos cofres públicos dinheiro para uma funcionalidade sem contrapartida ao maranhense pagador de impostos. E é assim que é. Assim. 


9 comentários:

  1. Você falou bem poeta, outro que é bom de lábia é esse francisco gonçalves, o sujeito não mostra resultado nenhum mas pra enganar o povo o cabra é rapido, flavio so nomeou craque na enganação e a a nossa ester costa é so na moita, salarios deles é 20 mil por mes pra nao fazer nada. povo besta foi eleger esses pilantras. Celso, suplente de vereador alcantara

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  2. Exatamente assim... Perfeita análise.

    Sérgio Pinto

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  3. Adorei a expressão ''Os novos em formação''. Um vizinho meu(Cohajap) ganhou salariozinho de 6 mil e agora vive esbanjando, presente de uma secretária. Detalhe: o moço é malhadinho, bombado.
    Ana Teresa

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  4. Creio que o caro jornalista (muito inteligente por sinal) não entendeu a mensagem do ‘’governador de todos nós’’: esse primeiro ano meu caro é só pros de casa.

    Ano que vem quem sabe... /? Henrique da Semus, concursado.

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  5. Esse blogueiro com dor de cotovelo, só escreve merda , impossível mudar 45 anos em 120 dias, mas as mudanças já comecaram , pergunte aos professores que este ano não entraram em greve , porque foram atendidos suas reivindicações, pergunte aos militares e policiais , que teram reajustes significativos e aos funcionários públicos em geral que receberam suas progressões e reajuste justo , melhor você mudar de profissao seu blogueiro incompetente e desinformado. Eu não pertenço ao governo, sou profissional liberal e só observo as mudanças.

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  6. COMPLICADO!!!
    JOSUÉ DO MARACANÃ, VOTEI NELE

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