sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015
Não há bases econômicas e políticas para o impeachment, diz Guilherme Boulos
Evento na última quarta-feira (11) debateu a importância dos movimentos sociais no novo mandato de Dilma Rousseff
Por Bruno Pavan, da Reportagem/Brasil de Fato
Estavam presentes Guilherme Boulos, coordenador do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), João Paulo Rodrigues, do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e Vic Barros, presidenta da União Nacional dos Estudantes (UNE).
Guilherme Boulos destacou que a diferença entre os governos petistas e tucanos da década de 90 foi ter construído um pacto social por conta do grande apoio de movimentos sociais e setores da esquerda, mas que esse pacto também vive uma fase de esgotamento. |
Na percepção de todos há uma crise do modelo neo-desenvolvimentista em curso. Para João Paulo Rodrigues, os pilares que davam sustentação a esse processo ruiu, colocando uma nova necessidade política e econômica no país. “Essa política conseguiu ser viabilizada por dez anos, mas por conta do fraco desempenho econômico nos últimos anos, a dificuldade política da presidenta e a retomada das lutas populares por conta da falta de conquistas nos leva a essa crise”, explicou.
Dilma: impeachment? Guilherme Boulos destacou que a diferença entre os governos petistas e tucanos da década de 90 foi ter construído um pacto social por conta do grande apoio de movimentos sociais e setores da esquerda, mas que esse pacto também vive uma fase de esgotamento. “Diante disso estavam colocadas duas alternativas: ou se enfrentava a elite para manter a aprofundar as políticas sociais, ou cortava do outro lado, na carne do trabalhador. Está muito claro qual o caminho que o governo tomou", criticou. |
A contradição entre as medidas prometidas por esse governo e as ações tomadas por ele logo depois da eleição chamou a atenção de Vic Barros. Ela lembra que a presidenta defendeu o projeto da coalizão da esquerda logo em suas primeiras entrevistas. “Logo depois da vitória ela veio falar de reforma política, proibição de doações privadas pra campanhas políticas e regulação econômica da mídia. Mas, infelizmente, a composição do governo em meio a essa conjuntura contraditória também foi muito contraditória”, lamentou.
O risco de impeachment
A eleição de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) como presidente da Câmara dos Deputados, aliado com discursos de membros da oposição, já acendeu o sinal amarelo para muitos ao redor do perigo de impeachment da presidenta Dilma.
Apesar de toda a polêmica, os movimentos não veem essa possibilidade como concreta nessa momento. “Essa bandeira de direita não nos ajuda e nos coloca na defensiva. Nós do MST não compactuamos com essa ideia de golpe. O que queremos levar às ruas é a pauta de avanço nas conquistas populares”, disse João Paulo.
Para Boulos, não é interessante para a elite econômica do país derrubar um governo agora, já que o contexto é favorável a eles e um golpe poderia criar um clima de instabilidade política. “Hoje não há bases econômicas e políticas para algo dessa magnitude mesmo com todo o alarmismo da mídia. Qual elite está interessada em impeachment com o Joaquim Levy comandando a economia? O Eduardo Cunha é um negociador, ele vai usar essa possibilidade para extorquir o governo, mas interessa a ele ter a carta na manga mas não usa-la”, acredita.
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