quinta-feira, 8 de janeiro de 2015
Gestão da indiferença
Titular da pasta, Ester Marques não se
pronunciou oficialmente sobre a morte de Omar Cutrim. Artista compôs ‘hinos’ da
música popular maranhense. Secretária mostra desconhecimento
Por Fernando Atallaia
Direto da Redação
Nenhuma nota de pesar; nenhuma demonstração de
reconhecimento; nenhuma deferência à obra de um dos principais artistas
maranhenses da década de 80. Omar Cutrim, morto na última segunda-feira (05), foi
reverenciado pelo público, parceiros musicais, produtores culturais, mas por
quem deveria de fato compreender a importância do compositor, não o foi.
A secretária de Cultura do Estado do Maranhão, Ester Marques: os estudos dela servem mesmo pra que? |
Omar foi um dos expoentes, ao lado de nomes
como Josias Sobrinho, Gerude, e Ronald Pinheiro, da geração que consolidou o
conceito MPM (Música Popular Maranhense) no estado e uma presença marcante no
contexto cultural maranhense por décadas.
O cantor e compositor Omar Cutrim falecido nessa segunda-feira sequer foi lembrado pelo órgão gestor da cultura maranhense |
Integrante de um relevante movimento, o Rabo
de Vaca, que revelou grandes compositores da música genuinamente maranhense ou
de raiz, o artista, ao que parece, não mereceu as ‘condolências’ da Secretaria
de Estado da Cultura do Maranhão. Talvez por não ter sido ele baiano, paulista, carioca, paraense ou de qualquer outra
nacionalidade.
Ester Marques, titular da pasta, que faz questão
de expor a jactância afirmando ter estudos na área da Produção Cultural e
Cultura do Maranhão mostrou que memória histórico-cultural não é a sua ‘praia’.
Ou no melhor das hipóteses, talvez desconheça a obra do artista, ainda que em
todos os festejos juninos do estado, uma das canções executadas de maneira imprescindível seja
justamente uma obra-prima do cancioneiro maranhense composta por Omar Cutrim:
Tempo de Guarnicê. Música que deu nome a um dos mais primorosos trabalhos da discografia
de Alcione, lançamento nacional da gravadora BMG em 1996.
Música de autoria de Omar Cutrim deu nome ao álbum de Alcione Tempo de Guarnicê lançado nacionalmente em 1996 pela gravadora BMG |
É, pelo visto, a Secma continua sabendo como 'tratar bem' seus artistas.
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Fui no velório e vi dois ex secretários da cultura por lá: O Maestro Padilha e o Poeta Joãozinho Ribeiro, e muitos músicos, como Patativa, Telelê, Luis Jr, entre muitos. Não vi ninguém representando a secretaria da cultura da atualidade. A Secretária bem que poderia chamar alguem da área de música para lhe auxiliar, pois pelo visto lá não ficou ninguém.
ResponderExcluirLamentavel/muita falta de sensibilidade, ela é coração de pedra
ResponderExcluirDenise Castro SantaTeresa/RIO
Atalaia me diz quando tu viu algum secretario bosta desse gostar de artista maranhense????? han???? eles so gostam do povo de fora e trata mal quem chega la pessoa da terra o que tem de ignorante nessa secretaria nao ta no gibi nota zero pra essa secretaria de meia tigela
ResponderExcluiré o anderson sena
A dura realidade do descaso do MARANHÃO em muitos aspectos!
ResponderExcluirTiago
Ainda bem que tu te referiste a secretário bosta, pois eu sou artista e sempre fui muito bem tratado pelo secretário Padilha que tratava todo mundo com respeito e pagava um cachê justo para os músicos.
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