domingo, 2 de março de 2014
O Futebol Maranhense está imerso em seu próprio
ostracismo
Por Nielsen Furtado
A utilização da
passionalidade para descrever aquilo que sentimos com propriedade e clareza, é
condição fundamental para atrever-me a dedilhar alguns carinhos literários nas
singelas crônicas que faço semanalmente sobre o universo poético dos esportes.
Quando o contexto
apresenta-me uma narrativa mais áspera que o comum, recorro à ternura das
palavras, sem deixar de lado a firmeza das minhas convicções, para apresentar
uma leitura adequada e esclarecedora, sobre ao que julgo está errado ou
correto.
Parece paradoxal
escrever peças esportivas, que em sua unanimidade têm o protagonismo do
futebol, e não citar, ou pouco comentar, sobre o futebol maranhense. Poderia
afirma que o faço de caso pensado. Mas, também poderia expor motivos e
convicções. O correto, é que me utilizo das duas vertentes para elaborar os
temários que serão abortados pela “pena encharcada de tinta no papel em
branco”.
Durante todo o
primeiro turno do Campeonato Maranhense Chevrolet Série “A” 2014, mantive-me em
silêncio, buscando o refúgio e perguntando aos “deuses” se teria capacidade
para desenhar um pequeno ensaio sobre a mais importante competição do futebol
maranhense. O oráculo respondeu-me de forma favorável, e quase que me
repassando uma missão, colocou-me esse desafio justamente após as partidas
finais do primeiro turno.
É notório que o
futebol maranhense ainda está imerso em práticas antigas, ainda sobrevive nos
porões dos estádios, fantasmas que relutam em deixar a vida mundana. Aqui,
temos uma fixação pelo inexplicável. O futebol maranhense permanece estático em
relação ao profissionalismo, e prossegue caminhando com letargia em meio aos
pântanos do amadorismo.
Após 95 edições,
o Campeonato Maranhense mudou tanto quanto as camisas dos seus principais
times. Sarcasticamente, vou ironizando a inércia do futebol praticado e
gerenciado no Maranhão. Estamos no século XXI, mas convivemos com artimanhas
próprias do início dos tempos. A “malandragem” em nosso futebol começou a
nascer bem antes dos primeiros toques na “pelota”. O pecado nasceu antes mesmo
de ser concebido.
As esperanças
parecem ser concessoras dos poderes da Fênix, e renascem de onde nem existem
mais cinzas. O Campeonato Maranhense Chevrolet Série “A” 2014, coloca nos
textos do regulamento, muito distante da pratica, que novos tempos estão
batendo à porta do nosso maior espetáculo. O “Maranhense” deste ano, segundo a
Federação Maranhense de Futebol (FMF), é para ser o maior de todos os tempos.
Estão envolvidas diretamente nesta competição, duas vagas para a Copa do Brasil
2015, duas vagas para a Copa do Nordeste 2015 e uma para a série D do
Campeonato Brasileiro de Futebol da atual temporada.
Com toda essa
oxigenação era inerente que a competição fosse uma das mais disputadas de todos
os tempos. Não posso aqui ser injusto, e deixar de admitir, que houve dentro de
campo muita entrega dos jogadores, que desempenharam os seus papéis na defesa
dos seus clubes. Entretanto, o “Calcanhar de Aquiles” do futebol maranhense
mais uma vez protagonizou alguns trágicos momentos. Sem comando algum,
observamos uma série de aberrações, acredito eu, vistas apenas no Maranhão.
Os dois maiores
times do nosso futebol chegaram às finais do primeiro turno com méritos em
relação aos seus adversários. O torcedor creditou mais uma vez confiança em um
futebol que vive constantemente na linha tênue da falência. A conjuntura que
envolvia o clássico entre Sampaio Correa e Moto Clube, era por si, a mola
propulsora que o futebol maranhense buscava para continuar saindo do
ostracismo. No entanto, a “cartolagem” deu mostras significativas que os
fantasmas corruptíveis continuam nos assombrando sem nenhum pudor ou medo de
represálias.
Custa-me
acreditar que faltaram ingressos na segunda partida das finais do primeiro
turno. Faltar ingressos com o estádio vazio é o cumulo do absurdo, que acredito
eu, só podemos ver aqui no Maranhão. Em qualquer outro lugar, por mais atrasado
e irracional que seja, seriam vendidos ingressos que contemplasse a capacidade
do estádio, ou ao menos chegariam perto disso. Um estádio vazio por falta de
ingressos foi a plateia para um jogo que envolvia as duas mais tradicionais
equipes do futebol maranhense. Moto Club e Sampaio Correa, mereciam, pela própria
história dos confrontos, uma plateia digna de grandes espetáculos.
Enquanto o
futebol maranhense vai involuntariamente sendo levado pelos novos tempos, a FMF
e os dirigentes dos clubes teimam em olhar para o século passado. O Maranhão é
o único estado da Federação onde final de campeonato é menos prestigiada que
qualquer outra partida. Mas, essa realidade não é construída pelos torcedores,
os clubes e a FMF assim querem que o futebol permaneça por essas terras.
Agora, surge-me
algumas perguntas: a culpa da falta de patrocínio é mesmo dos empresários? Não
é hora da criação de uma liga independente? Até quando o torcedor maranhense
vai ser desrespeitado? Será que durante o segundo turno do Campeonato
Maranhense Chevrolet Série “A” 2014 ainda irão faltar ingressos com estádios
vazios? Com as respostas o tempo, porque os dirigentes e
a FMF não tem mais poder argumentativo para convencer ninguém.
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Essa federação é uma vergonha pro povo do maranhão,, corja de imoral aff meu pai trabalhou lá
ResponderExcluirSuelen Diniz, vila passos
Boa coluna. Parabéns parceiro.
ResponderExcluirJosué da 13, sou leitor desse blog. é show de boal
Sérgio TEM uma frota de canalha roubando o direito do jogador nao acredito nesse cara que pra mim ele ja devia ter dado fora dda presidencia do sampaio é UM cara de pau ladrao de JOGADOR
ResponderExcluirFORA SERGIO TU E TUA FROTA
Paulo da Campina tecnico de verdade
Valeu pessoal, pelas boas opiniões dadas em relação aos textos aqui postados sobre o nosso futebol.
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