segunda-feira, 3 de março de 2014
Ministério Público Federal investiga gasto público com carnaval
O Imparcial
Vitrine para quem disputará as eleições, o carnaval
traz todos os anos um desfile de irregularidades. Tem o bloco das
licitações fraudulentas na contratação de shows, o do desvio de verba
pública para promoção de festas e até o da campanha antecipada de
potenciais candidatos. Nos últimos cinco anos, a folia com o dinheiro do
contribuinte motivou o Ministério Público Federal a abrir pelo menos
198 investigações contra prefeituras, governos estaduais e/ou agentes
políticos, de acordo com levantamento. No ano passado, 12 procedimentos
investigatórios foram instaurados.
Em meio ao carnaval de 2014, a folia das últimas eleições, em 2012, ainda rende investigações, denúncias criminais e condenações. No mês passado, o Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais confirmou sentença contra o ex-prefeito de Itaúna (MG) Eugênio Pinto e sua então mulher, Iris Leila Rodrigues — à época chefe de gabinete da prefeitura. De acordo com o Ministério Público Eleitoral do estado, ela era candidata a vereadora no município e os dois, condenados por abuso de poder político e econômico, usaram dinheiro público para promovê-la em festas da cidade, inclusive no carnaval de 2012.
Em meio ao carnaval de 2014, a folia das últimas eleições, em 2012, ainda rende investigações, denúncias criminais e condenações. No mês passado, o Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais confirmou sentença contra o ex-prefeito de Itaúna (MG) Eugênio Pinto e sua então mulher, Iris Leila Rodrigues — à época chefe de gabinete da prefeitura. De acordo com o Ministério Público Eleitoral do estado, ela era candidata a vereadora no município e os dois, condenados por abuso de poder político e econômico, usaram dinheiro público para promovê-la em festas da cidade, inclusive no carnaval de 2012.
Te cuida Olga: Kelston Lages já chegou ao Maranhão |
Em São Mateus do Maranhão (MA), o MPF apura a consistência de denúncias de vereadores contra o prefeito Hamilton Nogueira Aragão, conhecido como Miltinho Aragão (PSB), para decidir se abre inquérito. Segundo adversários, ele contratou empresas para o carnaval de 2013 com preços superfaturados. No início da tarde da última sexta-feira (28), a atendente da prefeitura informou que o expediente dos funcionários havia acabado.
Outros casos comuns na folia irregular são os de repasses de verbas públicas para entidades privadas produzirem bailes de carnaval, sem que a contratada comprove ter estrutura para promover o evento. No início da semana, o Ministério Público de Rondônia emitiu recomendação para que o governo estadual suspendesse os repasses no valor de R$ 2,5 milhões para a Sociedade Cultural Carnavalesca e Esportiva Arco-Íris. Oficialmente, a verba seria aplicada para promoção de festas em Porto Velho e Nova Mamoré, duas cidades que estão em situação de emergência devido à enchente provocada pelo Rio Madeira.
O Ministério Público identificou diversas irregularidades, entre elas comprovação ou especificação das atividades a serem realizadas nas localidades contempladas pelo projeto, a exemplo dos artistas e das bandas que se apresentarão. O que alertou os promotores foi o fato de Nova Mamoré estar completamente ilhada em razão das fortes chuvas. A Sociedade Arco-Íris tem apenas quatro associados e a sede fica na casa do tesoureiro do grupo. O MP sugeriu que os recursos sejam destinados à promoção de ações sociais e atividades restauradoras, já que parte da cidade ficou destruída após a cheia. A Secretaria de Cultura, responsável pelo repasse dos recursos, afirmou que cumpriria a orientação do Ministério Público.
Emendas parlamentares
A folia de 2014 também começa com suspeitas. Em Pernambuco, por exemplo, deputados estaduais candidatos à reeleição utilizam emendas parlamentares para contratar grupos musicais e se promoverem nas bases eleitorais. Este ano, os deputados estaduais Gustavo Negromonte (PMDB) e Antônio Moraes (PSDB) conseguiram recursos por meio das emendas para contratar dois shows da banda de pagode Karametade. As emendas, alvos recorrentes de reclamação dos deputados por considerarem que o valor repassado é muito baixo, são cotas recebidas por cada parlamentar para serem destinadas a áreas consideradas prioritárias. No mês passado, o mesmo grupo se apresentou no município de Iati (PE), também por meio de emenda do deputado Sílvio Costa Filho (PTB-PE).
O que chama a atenção é a quantidade de apresentações da mesma banda em apenas quatro dias de carnaval. Serão nove shows. Pela grade oficial, os músicos se apresentam no mesmo dia e horário em duas cidades diferentes, Arcoverde e Paudalho, que ficam distantes 300 quilômetros uma da outra. A farra da banda Karametade custará R$ 675 mil aos contribuintes pernambucanos. Parte dos recursos utilizados para pagar o cachê são do governo de Pernambuco. Cada apresentação sai por R$ 75 mil, valor acima do preço praticado pela banda em outros estados do Brasil.
A Secretaria de Turismo de Pernambuco comunica que a divulgação de dois shows no mesmo dia e horário, em cidades diferentes, ocorreu por erro de digitação. Sobre o cachê, a secretaria afirmou que “na convocatória do carnaval, todos os artistas interessados em participar da programação apresentaram referências de cachê atualizadas com apresentação de notas fiscais. No caso específico do Karametade, a produção da banda apresentou a comprovação dos cachês”.
Três perguntas para Kelston Lages, Procurador regional eleitoral no Piauí
O MPF no Piauí lançou, por meio de campanha no rádio, alerta aos políticos sobre a proibição de propaganda extemporânea no carnaval. É um período que preocupa o MPF?
A campanha tem caráter preventivo. Tradicionalmente, há pré-candidatos que se aproveitam do período carnavalesco para fazer propaganda antecipada. A nossa ideia é alertar sobre as possíveis infrações que isso pode acarretar. Os casos mais comuns são usar referências diretas ou alusões dissimuladas às eleições de 2014 em abadás, camisetas, blocos e etc. Isso pode comprometer o equilíbrio das eleições.
Prefeitos que não são candidatos também estão na mira do MPF?
Sim. Embora não haja eleições municipais este ano, há prefeitos que têm vinculação a algum candidato do pleito majoritário, seja ao Senado, a governos estaduais, seja à Câmara dos Deputados. A orientação que demos aos promotores eleitorais é exatamente ficar atento a essas situações, porque prefeitos podem acabar custeando irregularidades com recursos do poder público, desvirtuando a imagem da própria instituição.
Esse é o trabalho preventivo. Após o carnaval, qual é o caminho para o MPF?
A gente orienta o promotor a instruir com base em elementos como imagens flagradas durante a folia. Hoje, todo mundo tem câmera nos aparelhos celulares, que também filmam, inclusive. No caso de irregularidades com a participação de prefeitos, pode ficar caracterizado crimes mais graves, como improbidade administrativa e outros. Carnaval é uma grande chance para os políticos por causa da aglomeração de pessoas. Eles aproveitam para se promoverem.
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Agora Olga Simão se muda pra bahia de vez , essa eu quero ver
ResponderExcluirmusicando na chapa quente , e mister leo do boi de axixá paga a gente olga simao
Casuísmo suspeito, porque sem prevenção, nunca aterrou pra ter moral e se fazer respeitar no modelo Maranhão que já virou guia e molde notório na fundição da corrupção nacional. Isso aí é uma Taturana Ensaiada pra fazer encenação em ano de eleição. Depois vão sobrar quatro anos de omissões, ou pior, perseguições de cartas-marcadas. Ministérios das Garras de Faixada..............
ResponderExcluirUbiratan da Santos Dumont, abdiquei desse Ópio Carnaval