quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014
Entre vencedores, vencidos e a premissa da ética, o futebol brasileiro ainda é algo distante do ideal
Por Nielsen Furtado
O Campeonato Brasileiro de 2013, encerrou as suas
atividades com acontecimentos tenebrosos que acabaram por ofuscar o merecido
título do Cruzeiro, que durante toda a competição deu mostras de um futebol
alegre e galanteador, que acabou conquistando torcedores de outros clubes pelo
país.
Entretanto, como aqui no Brasil o carnaval é coisa
séria, e o futebol e as festividades momescas casam perfeitamente; o último
episódio da epopeia futebolística não poderia deixar de ter como trilha sonora a
música “Mamãe eu Quero”, uma das mais conhecidas marchinhas carnavalescas.
Colocando o episódio protagonizado pela Portuguesa e
antagonizado pelo Fluminense, remetido aos versos da canção, cristalizou-se a
chantagem desmedida e preconceituosa do clube carioca, que em conluio com o
Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) enterrou de forma bizarra
resultados estabelecidos em campo, lugar no qual, o futebol é resolvido.
Futebol é para ser jogado, e só há vencedor dentro do campo, tudo mais que
ocorra fora desse prisma é descabido e imoral.
Ao Fluminense, serviria a dignidade de compreender a
ausência de técnica para manter-se na elite do futebol brasileiro. Ética é algo
que faz parte do esporte também, ou será que os valores dentro do futebol
mudaram? Ensina-se que o esporte aguça a compreensão de vitória e derrota, mas
atitudes como a do Fluminense que foram ratificadas pelo STJD, expõem a
fragilidade e as disparidades entre clubes ditos grandes e pequenos.
Lamentável o último episódio do futebol brasileiro em
2013. O que devemos esperar para 2014? Será mesmo que o Brasil terá capacidade
para realizar uma Copa do Mundo tranquila e sem contratempos? O presidente da
FIFA, Joseph Blatter, afirmou em uma entrevista para um grande
jornal suíço, que o Brasil foi o país que mais atrasou as obras para a
realização de um mundial deste que ele faz parte da instituição.
Observando nas entrelinhas, nem mesmo o
Presidente da FIFA acredita no sucesso da Copa. Nós, meros brasileiros
calcificados com tanta “tragédia grega” em nosso futebol, devemos ter fé, para
que a Copa do Mundo de 2014, não seja uma das maiores vergonhas protagonizadas
pelo Brasil, intitulado o país do futebol.
Ainda rebuscando os alfarrábios da consciência,
desfazermo-nos em versos e prosa de parabenização ao Sampaio Correa, que soube
apresentar as poesias futebolísticas do Maranhão, fazendo dos campos de futebol
o palco para um grande recital em alusão à vitória. Foram jogos memoráveis que
fizeram o Maranhão vestir-se de amarelo,
verde e vermelho. Não à toa, a Bolívia Querida, carinhoso codinome de um dos
times com maior torcida no Estado. Felicitações ao Tricolor, que soube resgatar
o gigante que estava adormecido
Como uma grande Fênix o futebol
maranhense ressurgiu, e apresentou, mesmo que de forma utópica, a possibilidade
de confronto em perfeitas condições de igualdade com as demais equipes do país,
principalmente do Rio de Janeiro. Levantamos essa possibilidade, justamente levando
muito em consideração, o processo crescente de falência do futebol carioca.
Mas, o futebol maranhense não
sobreviveu apenas de bons momentos, e um ano que poderia ter a coroação máxima,
sucumbiu ao absurdo de quatro confrontos entre Sampaio Correa e Maranhão
Atlético Clube em apenas uma semana. Foi surreal. Mas, são coisas que acontecem
no Brasil, e principalmente no Maranhão, onde parece que tudo acontece com
naturalidade e na maior normalidade.
Entre vencedores e vencidos, viradas de
mesa e quem sabe, em algum estado da Federação, a contemplação da ética, o
futebol brasileiro passou por 2013, enchendo o torcedor de esperanças em
relação ao Hexacampeonato da Seleção Brasileira. Problemas de infraestrutura e
desorganização à parte, gostaríamos de ver o Brasil apresentando um grande
futebol e sagrando-se campeão em casa.
Que venha, então, 2014, com os
estaduais, o campeonato Brasileiro e a Copa do Mundo. Que Deus esteja conosco.
E mais do que nunca é necessário acreditar que ele é realmente brasileiro.
Nielsen Furtado é jornalista e colaborador da
editoria de Esportes de ANB Online.
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Muito boa a sua abordagem, mas o que dizer da falta de uma escolinha de futebol no Sampaio e a preservação da memória de craques como Bibinha??? Sérgio tá longe de ser um presidente de verdade. Minha opinião, não sei a sua..
ResponderExcluirFabiano Castro, professor de Educação Física, Vila Sarney
O SAMPAIO NÃO REPRESENTA O FUTEBOL DO MA, É UM TIME QUE TÁ SENDO USADO PRA FAZER POLÍTICA, CADE O MOTO, O MARANHÃO ATLÉTICO E OS OUTROS TIMES DA NOSSA TERRA? ESSA SECRETARIA DE ESPORTES É UMA PIADA. FUTEBOL MESMO ATÉ O PARÁ TA DANDO DE 10 A 0 NA GENTE, FALTA APOIO CARO COMENTARISTA NIELSEN. SEJA- BEM-VINDO MEU AMIGO.
ResponderExcluirPAULO DA CAMPINA , SOU TÉCNICO
Com tamanha insegurança é difícil pensar em tranquilidade, amigo.
ResponderExcluirRonaldo de Ribamar
Agradeço a todos os comentários em relação ao tema. É positivo levantar discussões em relação ao nosso desporto, principalmente o futebol. Fabiano Castro, a questão referente às escolinhas de futebol, é uma questão a ser pensada e repensada, afinal de contas, o futebol, assim como qualquer outro esporte sobrevive principalmente dos trabalhos realizados nas bases. E em relação a essa questão, coloco também o Estado e as prefeituras, na elaboração de políticas públicas que tenham como foco principal, o incentivo à prática esportivas, e não existe lugar melhor para essa iniciativa, que as próprias escolas. Mas, acredito que os clubes devem investir mais nos seus trabalhos com as bases.
ResponderExcluirPaulo da Campina, obrigado pela hospitalidade. Grande amigo, a questão referente ao Sampaio Correa, quais são os motivos pelos quais você afirma que o time não representa o futebol maranhense? Sinceramente, não consegui compreender. Se for pela questão política, meu caro amigo, isso é realidade em todos os clubes do Brasil, sem nenhuma exceção. Poderia aqui citar vários nomes de dirigentes que hoje são políticos profissionais, e utilizaram-se do futebol e das massas que compõem as suas torcidas para se elegerem. Falar que falta apoio, isso eu concordo com você. E vou até mais longe, acho que todo o apoio repassado é pífio, e comparado a esmolas. É bem verdade, que o empresariado deveria também incentivar o futebol maranhense a se profissionalizar, pois, aqui ainda estamos na era do eterno amadorismo. É pela falta de apoio, que faço a provocação da criação de uma liga independente. Mas, sabes por quê não acontece? Por que o sistema está viciado, meu caro amigo. Em breve estarei postando um texto no qual faço essa indagação. Acho que domingo ele estará disponível para a leitura.
Ronaldo de Ribamar, a questão da insegurança é uma verdade em nível nacional. O nosso sistema de segurança é falho, e sabemos que deve melhorar. Sou um dos raros comentaristas que tem coragem de falar abertamente que o Brasil não está capacitado para realizar uma Copa do Mundo. Poderia até estar, mas não neste momento. O Brasil, meu caro amigo, têm outras prioridades, como: Educação, Saúde e Segurança Pública. Falta muito para o Brasil, e isso é uma verdade. A Copa do Mundo pode ser uma verdade, e quero muito estar errado em relação a essa questão, pois seria bom, que tudo o que foi feito, mesmo que às "coxas" tivesse uma serventia para o povo brasileiro.
Um grande abraço a todos.
Nielsen Furtado
8855 6492
8312 0609
Sampaio com Frota SÓ DECOLA ATÉ OUTUBRO, ano eleitoral, o cara é candidato hehehe depois cai no esquecimento, futebol no maranhao não tem base forte infelizmente amigo nielsen, parabens pela ótima coluna.
ResponderExcluirCelsinho da Madre Deus
Valeu, grande Celsinho da Madre Deus. Continue colaborando conosco nessa empreitada. Um enorme abraço, estamos ai, caso seja necessário. Os contatos estão colocados para possíveis publicações ou informes.
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