quinta-feira, 22 de março de 2012
Um ensaio sobre a Taça Santander Libertadores Global Carioca
Por Nielsen Furtado
Nesse enredo histórico, surge uma classe social de comerciantes que ascendeu na Idade Média, era a chamada Burguesia, que rica, mas sem poderes políticos, incentiva a criação da concepção de “Estado”, para governar e criar leis que pudessem “civilizar” o homem. Essa troca entre a “liberdade” humana da Idade Média e um “estado controlador de direito”, foi chamada por Thomas Hobbes, de contrato social, em sua obra Leviatã.
Hobbes defendia que era necessária a figura de um Monarca ou de uma Assembleia com poderes ilimitados, para que o novo modelo político fosse vitorioso. Assim, nasce a figura do Absolutista, que tinha a sua razão de ser e governar, proferida por Deus, para dessa forma pacificar o mundo.
Os tempos passaram e o poder do monarca absoluto foi questionado e ultrapassado, abrindo espaço para novas políticas que trouxeram uma maior dinamicidade para o aperfeiçoamento da democracia, que foi criada pelos Gregos na Idade Antiga.
Pois sim, pode causar indagações o que o absolutismo e a democracia têm a ver com a Taça Santander Libertadores Global Carioca. Tal qual na Idade Média, o futebol brasileiro passava por um período de insanidade e descentralização. Insanidade, no termo abstrato da palavra, no mais fantasioso possível enredo, que é o de hoje pensar o futebol sem os holofotes da grande mídia. Descentralizado, pois cada estado brasileiro, ou guetos, assim é mais original, emolduravam seus times e os faziam ser mais fantásticos dentre os melhores do mundo.
Rede Globo de Televisão:monopólio do grupo vai de encontro ao fortalecimento do Futebol nos estados brasileiros |
Com o advento e o desenvolvimento da mídia televisiva no Brasil, e a necessidade de curar a insanidade e a descentralização do futebol no Brasil, eis que a burguesia outra vez entra em campo, sem nenhum trocadilho ortográfico. Com essa velha-nova aparição, essa classe social (re)nasce para criar o novo “absolutista”, que com poderes “divinos”, criará as novas leis que serão seguidas pelo “Reino do Futebol”.
Esse novo Leviatã, em nada buscou mecanismos na obra de Hobbes, é aqui usado apenas como codinome usurpado do grande filosofo. Esse novo “monstro” começa a atuar pelo nome de “Organizações Globo”, e cria uma infinidade de leis que acabam transformando o futebol em algo tendenciosamente comercial, longe da magia e encantamento, característicos dos Reinos Medievais, tratados aqui outrora.
O “monstro” Globo dita e edita regras, e impõe aos telespectadores o “absolutismo esportivo”, na qual o futebol carioca é regra incontestável, tal qual um dogma irrevogável. Os olhos do telespectador são “ditatorialmente” levados a contemplar o universo dos times do Rio de Janeiro, fazendo com que os outros “guetos” esportivos figurem como meros coadjuvantes do “Absolutismo Global”.
A Taça Santander Libertadores Global Carioca perderá o seu encanto quando os “cavaleiros flamenguistas, vascaínos e tricolores” forem abatidos de forma cruel por bravos guerreiros de reinos distantes e além holofotes do “monstro” Globo. A história é um ciclo que tem repetições no decorrer das eras, assim como o Absolutismo ruiu como modelo político, o “Absolutismo Global” também dará espaço para a democratização das transmissões esportivas no Brasil.
Enquanto isso não acontece, vou me definindo nesta paráfrase de Fernando Pessoa: Quanto a mim... O amor pelo futebol passou.... Eu só lhe peço que não faça como gente vulgar, que é sempre reles; que não me volte a cara quando passe por si, nem tenha de mim uma recordação em que entre o rancor. Fiquemos, um perante o outro, como dois conhecidos desde a infância, que se amaram um pouco quando meninos, e, embora na vida adulta sigam outras afeições e outros caminhos, conservam sempre, num escaninho da alma, a memória profunda do seu amor antigo e inútil...
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Muito bonito esse texto meu amigo, estar de parabens, voce escereve muito e eu concordo contigo nielsen aglobo precisa dar uma trégua sumir do mapa
ResponderExcluirpaulo campineiro futebolista de sao jose de ribamar
NIELSEN GRANDE COMENTARISTA PARABENS AE EU QUERIA PEDIR PRO SENHOR PRA COMENTAR ASDECLARAÇOES DO ROMARIO SOBRE ESSA COPA ELE TA DIZENDO QUE VAI TER ROUBO E A LEI DA COPA TAMBEM OBRIGADO E SUCESSOOOO PRA VOCES AI
ResponderExcluirDIEGO 19 ANOS VILA PALMEIRA
Diego, eu concordo em quase tudo que o Romário diz em relação à Copa do Mundo no Brasil. Vai ter roubo? É bem possível, já que essa pratica é muito comum no Brasil. Entretanto, não podemos deixar de acreditar nas pessoas honestas que ainda existem no país. A Lei da Copa é algo para ser lido e estudado, e confesso a você que não fiz nenhuma das duas coisas. Eu sou contrário à realização da Copa no Brasil, e tenho grandes motivos para isso. Um país analfabeto e com recursos exclusos na área da educação, com uma saúde deficitária, viás áereas e terrestres caóticas, e com uma imensa massa de pobres e miseráveis, não pode querer sediar uma Copa do Mundo. Todo esse dinheiro poderia ser melhor aproveitado nessas áreas e em programas socias de capacitação das pessoas mais necessitadas. Vou fazer um texto sobre isso, aguardem.
ResponderExcluirVai aqui o meu email (nielsen.furtado@gmail.com).
Valeu pelos elógios Paulo Campineiro, outros textos serão publicados e muitas discussões ainda serão levantadas. Um grande abraço a todos...
Nielsen porques os nossos times nunca sai da terceira quarta divisao eles ficams empre isollados o futebol do pará ja aconteceu de curitiba e de teresina e so o nosso que nao acontece eu nao entendo isso me explica por favor sou teu fã meu amigo
ResponderExcluirjoão marcos cohatrac 2